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5846111436 7909f486f4 zBrasil - PCO - A dura realidade do exame que garante um número cada vez menor de vagas no ensino superior para os filhos da classe trabalhadora e a necessidade da luta pelo fim deste e de todos os vestibulares.


O Enem e todos os vestibulares são instrumentos de segregação social e não de inclusão. Foto: CEFET-MG (CC BY-NC 2.0)

Em todo o País, milhões de estudantes, em sua maioria jovens, esperam ansiosos os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, cujas provas foram realizados nos últimos dias 24 e 25.

Criado no famigerado governo FHC, a pretexto de uma suposta avaliação do Ensino Médio, o ENEM vem, ao longo dos últimos anos, transformando-se em um autêntico vestibular e, como tal, um instrumento de segregação social e não de inclusão, como o MEC apregoa, justamente por privilegiar ainda mais os filhos da burguesia, que atingem os melhores resultados por consequência da política de destruição e precarização do ensino público.

Nestas condições, o ENEM é mais uma ferramenta, junto com outros exames de avaliação do ensino público, de manipulação de resultados para justificar a política de privatização da Educação e fazer demagogia com milhões de participantes (mais de 7 milhões, neste ano), de que haveria uma grande possibilidade de serem contemplados – como em uma Loteria – e que todos concorreriam com igualdade de condições.

Isso quando se impõe uma avaliação igual (para estudantes desiguais) e de um padrão cada vez mais semelhante aos dos vestibulares tradicionais e “conteudistas”, para os quais as escolas particulares treinam os seus vestibulando e muito distante do fraco aprendizado adotado nas escolas públicas de todo o País.

Desta forma, a única conclusão que os resultados do ENEM podem evidenciar é a de uma suposta e enganosa superioridade do ensino privado em relação ao público.

Outra farsa é que o ENEM, continua sendo apresentado como um larga passagem de acesso dos alunos da rede pública para o ensino superior, quando a política de cortes e “ajustes” impostos pela direita (de fora e de dentro do governo) tendo à frente o banqueiro Joaquim Levy, ministro da Fazenda, vem eliminando gordas fatias dos recursos do FIES (Financiamento Estudantil) e do Prouni (Bolsas de acesso ao Ensino Superior) para atender aos vorazes apetites dos banqueiros e outros sanguessugas capitalistas que parasitam cada vez mais o Estado – diante do aprofundamento da crise capitalista.

Desta maneira, se reforça crescentemente o caráter de Loteria do Enem (para a maioria pobre que presta o concurso), com um numero cada vez menor de “bilhetes premiados”. Assinale-se ainda que o que sobra é um número (cada vez menor) de bolsas em faculdades particulares de qualidade, no mínimo, duvidosa e – em quase sua totalidade – em cursos considerados de “segunda classe”, uma vez que os cursos mais cobiçados (como Medicina, Engenharia e Odontologia por exemplo) continuam como uma reserva para os filhos da burguesia.

Esta política, que tem na sua dianteira os governos estaduais comandados pela direita, que chegaram ao ponto de partir para o fechamento de escolas (como em SP e PR) tem de ser enfrentada por meio de uma ampla mobilização dos estudantes e de suas organizações de luta e por todas as organizações de trabalhadores e dos que defendem o ensino público e gratuito para todos, em todos os níveis.

Além de se opor aos ataques da direita aos atuais subsídios sociais na Educação (como Prouni e FIES) é preciso levantar a bandeira do fim do vestibular e do ENEM, com o livre ingresso na Universidade Pública e gratuita para todos os estudantes, por meio de pesados investimentos na Educação pública (verbas públicas apenas para escolas e universidades públicas) e a o fim do comércio da Educação, com a estatização do ensino pago.


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