Reunindo narrativas tradicionais e autobiográficas, livros de letramento, glossário enciclopédico, documentação etnográfica e registros de música vocal e instrumental, estes documentos foram produzidos por pesquisadores indígenas em oficinas de documentação linguística, de editoração, de desenhos, de técnicas de informática, entre outras.
As publicações contém ainda todo material de áudio e vídeo produzido durante as viagens a campo pelas equipes de pesquisadores de línguas indígenas com aprovação das comunidades envolvidas.
Os dossiês, dez no total, podem ser distribuídos entres as aldeias e as escolas indígenas, de modo a servir de instrumento de pesquisa e ensino-aprendizagem por parte das comunidades.
O Programa, lançado em 2008, beneficiou mais de 30 mil indígenas pelos 42 projetos de línguas, culturas e acervos desenvolvidos. A formação de pesquisadores indígenas e não indígenas e a criação de arquivos digitais, em centros de documentação nas aldeias e no Museu do Índio, são outros objetivos da iniciativa.
No âmbito dessa prioridade da UNESCO, o projeto “Documentação de línguas indígenas” traz a particularidade de ter envolvido, ao longo de sua execução, indígenas de 35 etnias que participaram diretamente na produção dos materiais, não meros espectadores do processo.
Mais informação:
Comunicação Social do Museu do Índio
comunicação[@]museudoindio.gov.br
Unidade de Comunicação da UNESCO no Brasil
Ana Lúcia Guimarães a.guimaraes[@]unesco.org
Desde 2008, José Carlos da Silva é correspondente do PGL no Brasil. Residente em Campinas (São Paulo), é produtor cultural e periodista. Como produtor cultural trabalha pela difusão da cultura caipira, que tem na viola de 10 cordas, sua maior expressão.
Demétrio Weber d.weber[@]unesco.org