O pedido foi feito no último dia para o pedido de reprovação de contas. O PSDB questiona a "confiabilidade e regularidade das despesas declaradas".
A principal argumentação é com relação ao limite de gastos permitidos declarados pelo próprio PT ao TSE.
Inicialmente o PT declarou que o limite de gastos na campanha seria de R$ 295 milhões. No dia 24 de outubro o partido solicitou aumentar esse limite, o que foi autorizado pelo Tribunal.
"A mudança do limite das despesas foi solicitada em 24 de outubro, ou seja, dois dias antes das eleições. Na prestação de contas registradas pelo PT ficou comprovado que os gastos excedentes ocorreram antes da autorização da ministra do TSE, que deferiu o pedido também no dia 24. Os gastos superaram em R$ 55 milhões, totalizando R$ 350,6 milhões", publicou o partido, em nota.
Também foi questionado os gastos com o site Muda Mais, da campanha de Dilma. Segundo o PSDB o site foi pago com recursos omitidos pela prestação de contas. "A campanha de Dilma Rousseff omitiu despesas relevantes de sua campanha eleitoral, cujo montante é impossível ser calculado".
Em sua representação o PSDB afirma que os gastos com o site foram registrados como outros serviços. A empresa titular do site Polis Propagandas recebeu pagamentos detalhados na prestação de contas como "produção de programas de rádio, televisão ou vídeo", sem pagamentos relacionados à internet.
O terceiro problema apontado pelos tucanos são os gastos com transporte o deslocamento de Dilma que somam cinco milhões de reais na prestação de contas do PT, mas o PSDB alega que o valor está muito abaixo da faixa de mercado, portanto, abaixo do que efetivamente teria sido gasto.
No dia seguinte ao protocolo da petição, no domingo dia 30, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Gilmar Mendes já intimou, com urgência, "a manifestação do prestador de contas", ou seja, a presidenta Dilma que tem prazo de três dias para se manifestar.
Como vem sendo discutido por este jornal a prestação de contas do PT e da presidenta Dilma ter caído nas mãos do desafeto político do partido, Gilmar Mendes, não é coincidência. Assim como não é o pedido de impugnação feito pelo PSDB.
O julgamento das contas do partido do governo pelo TSE pode ser uma via alternativa para o golpe contra Dilma Rousseff.
Primeiro se questiona como os gastos foram feitos, depois se questiona a origem dos gastos e aí entra a grande possibilidade de usar a Operação Lava Jato para alegar que propina é um das fontes do dinheiro usado pelo PT nas eleições 2014. Estaria assim montado o esquema perfeito para judicializar o golpe através do julgamento das contas do PT e de Dilma via Tribunal Superior Eleitoral.