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15261426307 3d9ba1f249 zBrasil - Viomundo - [Gustavo Castañón] Mais uma vez, pela quinta eleição presidencial seguida, minhas previsões se confirmaram. Como avisei aqui no Viomundo, pela décima vez seguida a margem de erro da boca de urna apareceu, apuradas as urnas eletrônicas, a mais para o candidato do PSDB, e a menos para a candidata do PT.


A boca de urna Vox Populi, de nível de confiança de 95% e margem de erro de 1,2%, com 6800 entrevistados, deu 54% dos votos válidos para Dilma e 46% para Aécio.

Resultado plenamente compatível com as pesquisas Vox e Ibope do dia anterior à votação. As urnas eletrônicas no entanto deram 51,6% para Dilma e 48,4% para Aécio. Diferença foi o dobro da margem de erro.

A suspeita sobre o resultado se reforça com a desistência do Ibope, pela primeira vez na história, de fazer uma pesquisa de boca de urna no segundo turno. A Globo não quis contratar. Sem esse balizamento para os números das urnas eletrônicas, tudo parecia caminhar para uma fraude maciça e vergonhosa, a exemplo da vergonha que assistimos no primeiro turno (que não podemos afirmar o tipo de vergonha).

Mas parece que conseguimos convencer o PT que a fraude seria sem precedentes. Pela primeira vez desde 89, o partido escalou um time de 4000 fiscais para acompanhar o fechamento das urnas (que é inútil, pois só fiscaliza uma pequena parte de um de três níveis onde a fraude pode ocorrer).

Mas a principal medida tomada foi a contratação da boca de urna Vox Populi.

Por que uma campanha gastaria uma fortuna numa pesquisa de boca de urna que não influirá no resultados das eleições? É simples. A boca de urna é um balizamento para controlar a fraude. Sabendo o que esperar das urnas, o nível de fraude tem que se restringir à famosa “margem de erro”. Os dois foram recados claros: “nós sabemos o que está acontecendo e vamos reagir”.

Porque tem que haver moderação numa suposta fraude? Para não perder a galinha dos ovos de ouro, ora. Lembrem-se de que o TSE transformou as eleições num negócio. Quem cuida da preparação, inseminação e totalização das urnas atualmente são empresas privadas. Um escândalo as farão perder o negócio.

Nas semanas que precederam as eleições, o Viomundo e o Jornal GGN , de Luís Nassif, publicaram uma série de denúncias e reportagens sobre a vulnerabilidade de nosso sistema eleitoral.

Nassif chegou a prever exatamente todo o desenrolar do que seria um processo de fraude eleitoral, a começar por uma denúncia bombástica dias antes da eleição que pudesse justificar a diferença nas urnas em relação às pesquisas.

Um dia antes da votação, foi a vez do Viomundo acrescentar mais detalhes a esse emaranhado tucano por trás das urnas eletrônicas.

Essas matérias mostraram claramente a vulnerabilidade insustentável das urnas brasileiras, que não foram testadas esse ano e cuja operação esteve nas mãos de duas empresas privadas.

Uma, contratada ilegalmente desde 1996, é a Módulo Security Solutions. Essa empresa é de propriedade do ex-presidente da FINEP no governo FHC.

A outra é a Engetec, que em 2013, sucedeu no TSE a falida Probank. Ambas são de um membro da campanha e ex-secretário de desenvolvimento econômico de Aécio Neves por dois mandatos.

Outros vários artigos publicados na mídia independente, inclusive o meu, circularam na rede provocando um inédito estado de desconfiança generalizada, da direita à esquerda, em relação às urnas eletrônicas brasileiras.

Agora, num jogo de cena, o candidato Aécio Neves, o grande beneficiado por esses movimentos eletrônicos estranhíssimos de votos nos dois turnos, acaba de pedir recontagem dos votos no TSE.

Bobagem. Nós sabemos que as urnas brasileiras são invulneráveis a fiscalização. Elas são um atentado à democracia. O desejo dos eleitores de Aécio de recontar os votos é tão legitimo quanto o dos eleitores de Dilma de recontar os votos de São Paulo e Rio Grande do Sul. Mas não podemos recontar votos. Seriam recontados os mesmos boletins já contabilizados. E o TSE não concederá o pedido.

O PSDB sabe disso tudo. O que eles querem é minar a legitimidade da Presidente. É importante entender esse recado de guerra sem fim da oposição.

Dilma nesse momento precisava ouvir mais seu antigo mestre Brizola do que o atual, Lula. Ela deveria vir a público e reforçar o pedido de Aécio, inclusive para as eleições legislativas. Reforçar a crença na inconfiabilidade das urnas. Relatar quantas vezes, quatro, para ser mais preciso, ela foi vítima dessas mágicas que saem delas. Questionadas pelos dois candidatos, essas urnas malditas perderiam definitivamente a legitimidade e confiança de toda população. Seria a mais importante das reformas políticas.

Mas infelizmente, Brizola, só houve um.

Gustavo Castañon é professor brasileiro de filosofia e psicologia. 


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