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070416 empregoBrasil - PCB - O Brasil, segundo pesquisa do IBGE, chegou ao final de 2015 com um total de nove milhões e cem mil pessoas desempregadas, o que representou um aumento de 41% sobre o ano anterior.


Ou seja, num período de doze meses, houve um incremento de dois milhões e seiscentos mil trabalhadores na fila do desemprego. Se até há bem pouco tempo o governo Dilma e a mídia alardeavam que “faltava mão de obra” no país, o que poderia explicar uma evolução tão acelerada desses índices?

Na verdade, demitir trabalhadores é uma prática rotineira das empresas, que buscam reduzir seus custos aplicando a rotatividade de trabalhadores no emprego. Demitem para contratar mão de obra mais barata. Não existe legislação de proteção ao emprego, muito menos qualquer forma de estabilidade. A multa de 40% sobre o FGTS não chega a inibir as demissões, porque a grande maioria dos empregados não fica muitos anos na mesma empresa, o que reduz esse valor na hora da demissão.

Quando a economia dá os primeiros sinais de crise, com a redução da demanda por produtos e serviços, o ritmo das demissões é acelerado, e os empresários rapidamente transferem o ônus da crise para os trabalhadores. Quando aumenta a massa de desempregados, os salários são também pressionados para baixo, porque, depois de meses procurando emprego, a necessidade obriga o trabalhador a aceitar salário inferior ao que recebia anteriormente, fato confirmado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Em 2015 houve redução de 3,7% na renda média do trabalhador. Mais uma vez é o capitalista que leva vantagem.

É importante levar em consideração que essa crise vai muito além das fronteiras nacionais, é uma crise sistêmica do capitalismo. A concentração estúpida de capital não promove o equilíbrio e o desenvolvimento. Pelo contrário, acentua as gritantes desigualdades, marginaliza milhões de pessoas, aumentando a pobreza e a fome no mundo. Se antes, a economia brasileira foi beneficiada por um breve ciclo de valorização das matérias primas e produtos agropecuários, as chamadas “commodities”, agora sofrem os efeitos do ciclo inverso, quando os grandes importadores desses produtos reduziram enormemente suas compras, tornando inevitável a derrubada dos preços.

Diante de um quadro como esse, os governos submissos à lógica do capitalismo tratam de tentar salvar o sistema, atacando direitos dos trabalhadores, precarizando ainda mais os serviços públicos e canalizando os recursos do Estado para salvaguardar os interesses dos bancos e das grandes empresas. É exatamente isso o que o governo Dilma vem procurando fazer, através do chamado ajuste fiscal, um plano econômico voltado a retirar direitos trabalhistas e previdenciários, com redução da oferta e da qualidade dos serviços essenciais à maioria da população, como saúde, transportes e educação.

O desemprego é um fenômeno típico do capitalismo, portanto, não existe saída efetiva para este problema enquanto o sistema prevalecer. Isto não quer dizer que a luta e a resistência contra as demissões sejam improdutivas para a classe trabalhadora; pelo contrário, somente através dela é possível refrear os impactos mais negativos, fortalecendo a organização e a consciência de classe. Manifestações, greves e ocupações de empresas são ferramentas de luta contra as demissões. Elas pavimentam o caminho da classe trabalhadora no sentido de superar a causa maior de todo o problema social, o próprio capitalismo.

O PODER POPULAR Nº 9: http://pcb.org.br/portal2/10615


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