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Entrevista Emanuel Cancela Foto Stefano Figalo 05Brasil - Brasil de Fato - [André Lobão] Confira entrevista com Emanuel Cancella, secretário-geral do Sindipetro-RJ e diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Ele faz um balanço do movimento considerado o maior desde a grande paralisação de 1995.


A greve da categoria e a situação da Petrobras, além do ânimo da luta do trabalhadores da estatal, entre veteranos e novatos, são alguns dos temas tratados por Emanuel Cancella, secretário-geral do Sindipetro-RJ e diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), em entrvista ao Brasil de Fato. 

Ele faz um balanço do movimento considerado o maior desde a grande paralisação de 1995. "Fomos à luta e mostramos que estamos aí para defender a Petrobras e os nossos direitos. Estamos aí com o gás renovado e vamos continuar na luta", afirmou.

Confira a entrevista.

Brasil de Fato - Qual o balanço que você faz do movimento grevista de 2015?

Emanuel Cancella - Nos ofereceram 5,73% de reajuste salarial, o que correspondia a 60% do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. A partir disso, brigamos e voltamos para uma mesa única de negociação com todas as empresas do sistema Petrobras. Nessa retomada, conseguimos resgatar o nosso acordo e repor a inflação do período através do IPCA integral (9,53%). Esse pode ser considerado o principal ponto conquistado: a reposição integral do índice de inflação. 

Como ficou a questão dos descontos pelos dias parados?

Pelo acordo, a definição ficou para janeiro. A proposta da Petrobras é de descontar 50% dos dias parados. É por isso que, em nossas assembleias, propomos a continuidade do estado de greve, pois se de fato algum companheiro for punido podemos voltar a realizar uma nova paralisação.

O que mudou no comportamento da Petrobras nessa negociação, em relação aos anos anteriores?

Com essa nova direção, e a presença de Aldemir Bendine, um banqueiro, a situação ficou bem mais complicada. Ele orientou todos os gerentes da Petrobras a convencerem a categoria que existe uma crise, e que os trabalhadores devem arcar com ela. Não podemos pagar sozinhos pelo que está acontecendo. 

Como os trabalhadores da Petrobras encaram essa crise?

Há muito tempo estamos mostrando para a sociedade que os trabalhadores se entregam de corpo e alma pela melhoria da Petrobras. Eu cito, entre outras coisas, a melhoria da capacidade de refino. A Petrobras passou a ser a primeira empresa de capital aberto no ranking de produção de óleo, ultrapassando a Exxon-Mobil. Conquistamos pela terceira vez o OTC, o prêmio mais importante da indústria de gás do mundo. Também atingimos a marca de um milhão de barris diários na produção do petróleo extraído do pré-sal, sem contar que as reservas da empresa somam mais de 100 bilhões de barris de petróleo. Então, isso tudo demonstra que a força da empresa e de seus trabalhadores é maior do que esse monstro que pintam por aí. 

Podemos dizer que esse movimento mostrou uma renovação no perfil da categoria?

Atualmente, a Petrobras tem renovada em 60% a sua força de trabalho, isso quer dizer que tem muita gente nova na empresa. Mas essa garotada foi à luta e mostrou que está aí também junto com os veteranos para defender a Petrobras e os seus direitos. Isso é muito legal, pois dá um novo protagonismo para a categoria nesse atual momento do movimento sindical brasileiro. Isso mostra que estamos aí com o gás renovado e vamos continuar na luta.


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