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psol 10 chicoBrasil - PSOL - [Leonor Costa] Sessão solene na Câmara contou com a participação de parlamentares, dirigentes nacionais e convidados. Exposição sobre a trajetória do partido vai até o dia 25 de setembro.


Fotos: Isaac Lucci e Thiago Vilela/Assessoria Chico Alencar.

Em uma sessão solene na manhã da última terça-feira (15), na Câmara dos Deputados, marcada por alegria, bom humor e otimismo, o PSOL celebrou a sua primeira década desde o registro oficial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em agosto de 2005. Presidida pelo líder na Câmara, deputado Chico Alencar, a sessão contou com a participação de parlamentares, dirigentes, fundadores, militantes e apoiadores, que lá estiveram para celebrar os primeiros dez anos de luta, coerência e combatividade desse partido que tem se consolidado ao longo de sua trajetória como a verdadeira alternativa de esquerda socialista.

Primeiro a falar na celebração dessa uma década do PSOL, o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Luiz Araújo - à frente do partido desde dezembro de 2013 -, considerou que o PSOL vem se consolidando, nesses dez anos, como um polo aglutinador da esquerda brasileira. “São dez anos que estamos batalhando para reconstruir o sonho de esquerda no Brasil”, disse Araújo, lembrando que a celebração acontece em um momento de grave crise no país. Segundo ele, em todos os espaços e iniciativas de resistência a militância e os parlamentares do PSOL estão presentes. “Em cada movimentação que ocorre neste país, em cada greve e em cada ocupação, não só no Parlamento, mas nas ruas e nas lutas, o PSOL, está presente. Comemorar dez anos significa pensar os próximos dez. Pensar os desafios de enfrentar os ataques que acabam de ser aprovados nesta Casa, como a Lei da Mordaça, e chamar toda a militância do partido para uma grande campanha de pressão sobre a Presidência da República para que vete a tentativa de calar o PSOL e a tentativa de impedir o debate democrático em nosso país”, pontuou o presidente do PSOL, se referindo à minirreforma eleitoral, aprovada na semana passada na Câmara.

Também presente na mesa, a dirigente nacional do partido e coordenadora da Fasubra Sindical, Bernadete Menezes, ressaltou o desafio do PSOL em ocupar o espaço político à esquerda. “Nós estamos em uma situação muito difícil, mas por outro lado a classe trabalhadora está tomando consciência do seu papel. E nós temos que ocupar o espaço da política, porque estão privatizando a política. Só meia dúzia que tem dinheiro é que pode fazer política nesse país. E nós vamos dizer que não, que somos capazes de fazer diferente”, enfatizou.

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O deputado federal Edmilson Rodrigues (PA) ressaltou, em sua fala, que o PSOL tem se tornado, cada vez mais, um partido necessário, um instrumento de luta e de organização da classe trabalhadora. “O esforço do PSOL é ganhar corações e mentes para o projeto de transformação radical, num momento em que nos apresentamos como antilatifundiários, antimonopolistas, democráticos, no sentido radical da palavra. A receita é uma mudança estrutural em todos os níveis: econômico, político, cultural. Por isso, o socialismo tem que ser com liberdade”.
Deputado pelo PSOL em seu segundo mandato, Jean Wyllys (RJ) destacou o papel que o PSOL tem cumprido em apoiar os segmentos da sociedade que mais são vítimas da discriminação e do preconceito. “O PSOL abriu os braços e acolheu essas lutas, se mostrou fértil à temática dos direitos humanos e à temática das liberdades individuais. Não se pensa os últimos dez anos de política no Brasil sem o PSOL”, disse Jean.

“Cunha, o breve”

Chico Alencar, deputado pelo PSOL do Rio de Janeiro em seu quarto mandato, enquanto conduzia a sessão solene, reafirmou, em vários momentos, a disposição de toda a bancada em continuar lutando para impedir o avanço de setores conservadores na política, em especial no Congresso Nacional, e citou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem controlado, sem critérios claros, os meios de comunicação da Casa. Alencar denunciou o fato de a sessão solene não ter sido transmitida pela TV Câmara, diferentemente como vinha ocorrendo com sessões de outras legendas. "Nunca vi sessão solene de partido não ser exibida”, disse o líder, ao avaliar que a iniciativa trata-se de mais uma censura capitaneada por Cunha.

Reforçando a crítica do colega, o deputado Ivan Valente (SP) disse que o PSOL não mede esforços para enfrentar as medidas antidemocráticas que o deputado vem adotando desde que assumiu a Presidência da Casa. “Se depender do PSOL, da contundência dos seus deputados e da nossa linha na CPI, ele será Cunha, o breve”, disse Valente, arrancando aplausos e manifestações entusiasmadas da plateia.

Ainda em sua fala, Ivan Valente prestou uma homenagem àqueles que estiveram na fundação do PSOL e lembrou o esforço de várias lideranças, como os candidatos do partido à Presidência da República: a ex-senadora e atual vereadora em Maceió, Heloísa Helena; a presidente da Fundação Lauro Campos, Luciana Genro; e Plínio de Arruda Sampaio, falecido em julho de 2014. “É preciso reconhecer todos que cumpriram um papel importante, todos os sindicalistas, militantes da juventude, aguerridos do Partido Socialismo e Liberdade, que tentam fazer a diferença. Não estou aqui para dizer que o PSOL é o melhor dos mundos, mas, sem dúvida, nesses dez anos, nós construímos uma referência política, diferenciada, programática, ideológica e ética”, enfatizou.

Falsa polarização

Para o representante do partido no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (AP), os últimos dez anos sem o PSOL seria de “completa monotonia”. Mas, segundo ele, mais grave que a monotonia seria a desesperança. “Sem o PSOL nós estaríamos hoje afeitos em uma falsa polarização, entre um partido de centro-esquerda, que lamentavelmente traiu os seu curso histórico de fundação, e a velha e clássica direita, que há 500 anos oprime o povo brasileiro”, disse o senador, considerando o PSOL como a real alternativa à tradicional forma de fazer política. “A nossa bandeira são todas as bandeiras necessárias e fundamentais para construir um Brasil e um mundo de justiça e solidariedade”.

Necessidade para a classe trabalhadora

Fazendo um histórico de como se deu a criação do PSOL e a sua trajetória até os dias de hoje, o atual vereador no Rio de Janeiro João Batista Babá lembrou as principais lutas encaminhadas pelo partido em defesa dos trabalhadores e contra os ataques que vêm sendo implementados pelos atuais governos, tanto na esfera nacional, como nas estaduais e municipais. “O PSOL é uma necessidade para a classe trabalhadora do país. Nós temos clareza que em todas as lutas estão lá os parlamentares e militantes do PSOL”, disse Babá, um dos parlamentares expulsos do PT em 2003 por votar contra a orientação do partido na Reforma da Previdência, implementada pelo então presidente Lula. “A nossa luta não para por aqui”, disse, pontuando os desafios do partido nesse momento de ameaças a direitos históricos.

Também saudaram os dez anos do PSOL o ex-senador pelo Pará, José Nery; o vereador em Fortaleza, João Alfredo; o deputado estadual pelo PSOL do Ceará, Renato Roseno; a presidente do PSOL-DF, Juliana Selbach; o dirigente nacional do MST, Alexandre Conceição; e outros deputados federais, como Glauber Braga (PSB-RJ), Arlindo Chináglia (PT-SP) e Jô Moraes (PCdoB-MG).

Exposição

Logo após a sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados, com a presença de militantes e apoiadores, foi lançada a exposição PSOL 10 Anos, localizada no Espaço Mário Covas, na entrada do Anexo 2. Até o dia 25 deste mês é possível conferir um pouco dessa trajetória de lutadores e lutadoras, que constroem o Partido Socialismo e Liberdade.

Confira aqui as fotos da sessão solene em comemoração aos 10 anos do PSOL.


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