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mtstBrasil - RBA - [Rodrigo Gomes] O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos [foto], afirmou ontem (18) que o MTST estará na linha de frente de combate a qualquer ataque contra a democracia no país. "Nós não vamos assistir calados o aumento da intolerância, do preconceito, do ódio social, a defesa de intervenção militar e de golpismo no Brasil. Esse tipo de posição vai encontrar uma resistência braba e decidida por parte dos movimentos populares", afirmou Boulos, durante entrevista coletiva sobre as manifestações de ontem em dez estados.


Para o militante, é importante diferenciar as mobilizações que buscam melhorias para a população daquelas que pedem a cassação de direitos sociais. "Compreendemos que haja insatisfação social. Nós estamos profundamente insatisfeitos com a condução do ajuste fiscal, com as políticas do governo federal. Mas uma coisa é insatisfação e reivindicação. Outra coisa é o discurso fascista, golpista", disse Boulos.

No último domingo, cerca de 200 mil pessoas protestaram na avenida Paulista, em São Paulo, contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Muitos manifestantes defendiam uma intervenção militar e fim de direitos sociais. Houve mobilizações em outros 24 estados.

O coordenador do MTST acredita que haverá um acirramento das mobilizações de rua, mas espera que isso não signifique atos de violência entre grupos divergentes. "Não é o que nós desejamos. O movimento social quer o aprofundamento da democracia. O que estou dizendo é que não dá para ficar calado, assistindo o desfilar de um discurso fascista, crescendo e ganhando corpo na sociedade. Não podemos nos omitir diante do que está ocorrendo para manter um tom pacífico."

Na avaliação dele, o ato de sexta-feira (13), organizado pelas centrais sindicais e por movimentos sociais foi precipitado, mas teve um bom resultado. Agora, o movimento espera construir em conjunto uma mobilização unificada do campo popular contra o que considera uma ameaça à democracia brasileira. "O que está ocorrendo é grave. E talvez esperar para responder a isso possa ser tarde", alertou.

Questionado sobre um possível apoio ao governo da presidenta, Boulos ressaltou que os atos de ntem – contra o ajuste fiscal e por maior participação dos movimentos sociais no programa Minha Casa, Minha Vida – deixam clara a diferença com as pautas que ocuparam as ruas no domingo. "Ao mesmo tempo, fizemos exigências e cobranças duras em relação ao governo federal. Ser contra o golpismo, defender liberdades democráticas, não quer dizer dar carta branca para ninguém. Muito menos de um governo que vem atacando os direitos dos trabalhadores", ponderou.

Para ele, não é mais possível omitir os problemas do país, mas a discussão deve ser clara e amparada em propostas e não em soluções mágicas, como derrubar um governo ou acabar com os partidos. Boulos compreende que a insatisfação é generalizada e que o caminho é ampliar o debate e a busca por soluções.

"Nós queremos dialogar com os problemas colocados para a sociedade. Se o problema é a corrupção, então vamos discutir a corrupção. Vamos acabar com o financiamento privado de campanhas eleitorais. E não dizer que a solução para isso é acabar com o estado de direito ou com os partidos. O problema é o aumento das tarifas? Vamos inverter o ajuste fiscal e taxar as grandes fortunas. Falta investimento em saúde e educação? Então vamos cortar o 'bolsa-banqueiro', que consome 48% do orçamento nacional", disse Boulos, referindo-se ao pagamento de juros da dívida pública.

O governo Dilma também não pode continuar na defensiva, fazendo pacotes para agradar o mercado, defendeu o ativista. "Nossa expectativa é que o governo federal acorde e tome medidas populares. Nós não temos como defender medidas antipopulares e contra os trabalhadores. Queremos que o governo Dilma execute o programa com o qual se elegeu."

Entre essas ações, o militante destaca as reformas política – acabando com o financiamento privado de campanhas, considerado pelo movimento como porta aberta à corrupção – e tributária, com taxação das grandes fortunas, prioritariamente. Em sua avaliação, o governo se recusa a acreditar no que ocorreu e pode se complicar ainda mais com o passar do tempo.

"Não se pode dizer que o que ocorreu domingo era inesperado. Talvez o grau de ódio e preconceito fosse. O governo federal não deu resposta alguma. Se o governo Dilma continuar autista, dialogando só consigo mesmo, pensando que o ajuste fiscal é que deve ser aprofundado, aí nós vamos ter milhões na rua na próxima mobilização", concluiu.


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