Com 16 anos de idade, Gilvan iniciou sua militância em Recife, no ano de 1958, quando conheceu o PCB. Pouco tempo depois já partia para Goiás, onde ajudou a construir as Ligas Camponesas até ser enquadrado pela Lei de Segurança Nacional, ainda no governo João Goulart. Voltou para o nordeste já na clandestinidade. Durante a ditadura militar, Gilvan foi Cloves, Vieira e Samuel, dentre tantos outros nomes. Em 1974, em Portugal, o combativo comunista sentiu o doce aroma da Revolução do Cravos. Em Fortaleza, enfrentou a ditadura e o capital, formando diversos quadros políticos e contribuindo de forma apaixonada com a agitação e propaganda do socialismo.
Com 56 anos de caminhada socialista, Gilvan foi da safra rara de militantes que, mesmo depois de muito calejar em andanças clandestinas, sempre permaneceu no lado esquerdo do mundo. E deste lado ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), no início dos anos 1980, e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), já em 2004, tendo, no meio desta trajetória, militado no Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Difícil encontrar comunista no Ceará que, de alguma maneira, não tenha debatido com o Gilvan, seja no Centro de Atividades e Estudos Políticos (CAEP), o qual fundou, ou em um dos diversos espaços de militância em que esteve presente. Gilvan contribuiu como poucos na divulgação de obras e pensamentos anticapitalistas no Ceará. Gilvan, um camarada de barricada, implacável e pungente.
Lamentamos a morte de Gilvan Rocha [acorrida na noite do dia 26/12/14] , aos 72 anos vividos, e transmitimos nossos sentimentos aos familiares, amigos e camaradas de sonhos e lutas comuns. Sua presença física será motivo de imensa saudade, no entanto, Gilvan será eterno em sua luta e ensinamentos.
Givan Rocha, presente!
Hoje e sempre!
PSOL do estado do Ceará.