O anteriormente citado é válido para os trabalhadores que seguem trabalhando cinco dias por semana. Aos trabalhadores da produção, impuseram jornadas de dois ou três dias por semana. Além das drásticas reduções salariais que sofreram ditos trabalhadores com a redução dos dias de trabalho, já não tem seguro de saúde, nem tem direitos a receber subsídio por desemprego.
Como se não fosse pouco, a Nestlé despediu as limpadoras e trabalhadores em várias fábricas. Em seguida, os despedidos foram recontratados, não diretamente pela Nestlé, mas através de um contratista. Esta recontratação gerou um corte de 50% dos salários dos trabalhadores, e enormes lucros tanto para o contratista como sobretudo para a multinacional, que conseguiu mão de obra 40% mais barata que antes de realizar as demissões. Claro que este regime de "arrendamento" de trabalhadores não é privilégio da Nestlé. Está generalizado na Grécia desde o início da chamada "crise" em todo o setor privado e em parte no setor público.
Também, a Nestlé anulou os contratos que havia firmado com vários representantes de vendas e distribuidores de seus produtos. Aos que continuam trabalhando para ela, a Nestlé cortou sua margem de lucro. A partir de agora, assim como os operários e os demais trabalhadores, estes também se verão obrigados a trabalhar para a multinacional, cobrando umas migalhas.
No biênio 2011-2012 os lucros da Nestlé na Grécia superaram os 32 milhões de euros. Em 2013 seus lucros aumentaram mais de 5%, em comparação com 2012. No primeiro semestre de 2014 seus lucros aumentaram 4,7 em comparação com o primeiro semestre de 2013.