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territoriales dernier meeting survolte pour pe a corsica full actuFrança - Diário Liberdade - A unidade de nacionalistas e independentistas conseguiu ontem uma vitória histórica.


A coligação Pè a Corsica, ganhou neste domingo as eleições na ilha mediterrânica e governará por primeira vez na história a Córsega. A unidade soberanista atingiu a casa dos 35,3% votos e com 24 deputados ficou muito além do segundo, o partido do atual presidente francês, François Hollande, que apenas chegou aos 12 deputados. A direita neoliberal francesa terá 11 cadeiras e o xenófobo e filo-fascista Frente Nacional francês 4.

Milhares de pessoas mostraram a sua alegria e marcharam pelas ruas com bandeiras corsas. Nas principais cidades do país, Ajaccio e Bástia, houve manifestações espontâneas, onde o povo cantou o hino corso na frente das Câmaras municipais.

A Assembleia da Córsega

A diferença das denominadas “regiões metropolitanas” francesas, a Córsega tem um estatuto especial, com uma Assembleia autônoma, que é a que agora foi eleita.   

A autonomia é ainda muito limitada, no entanto, em dois anos a Assembleia vai ser fusionada aos departamentos atuais e será criada uma entidade que terá muito mais autogoverno.

A atual Assembleia da Córsega já se enfrentou ao governo francês após ter apresentado propostas que o governo parisiense rejeitou. Entre elas, medidas democráticas básicas como oficializar a língua corsa, variedade de italiano falada pelo povo da ilha ou aprovar a anistia para os presos políticos corsos.

Falta de soberania, chave do sucesso eleitoral

A Córsega é uma nação sem estado dominada pela França desde há 250 anos. Um facto importante, básico para a explicação do sucesso eleitoral de Pè a Córsica é o malestar pelo facto de a assembleia não poder elaborar leis. Pode deliberar, pode propor, mas as leis apenas podem ser elaboradas em Paris pela Assembleia Nacional francesa. Isto vai causar um grande descontentamento no povo porque propostas aprovadas na Córsega foram rejeitadas em Paris.

Unidade nacionalista e independentista

Até agora, nenhum movimento político nas nações sem estado de França tem conseguido um resultado tão importante.

Nas anteriores eleições, o soberanismo corso, dividido e enfraquecido pelas brigas internas atingiu uns resultados modestos. Porém, o cenário mudou com a aposta numa candidatura de unidade nacional que uniu as duas principais forças políticas corsas, 'Femu a Corsica' – autonomistas e nacionalistas- e 'Corsica Libera' -independentistas- que apostaram na coligação eleitoral 'Pè a Corsica' para conseguir avanços no plano da reivindicação nacional.

A vitória nas eleições territorials situa o soberanismo corso num novo patamar em sintonia com outros povos submetidos da Europa como a Escócia ou a Catalunha que recentemente têm iniciado processos de autodeterminação. Não tem acontecido o mesmo nos territórios bascos e catalães de Fraça ou nas nações bretoa, ocitana e alsaciana onde as forças políticas francesas continuam a ser maioritárias. O mesmo tem acontecido na Galiza, berço da língua portuguesa e hoje território sob dominío espanhol, onde as forças políticas soberanistas, divididas e enfraquecidas, não conseguem criar espaços de unidade para avançar no caminho da independência nacional do Reino de Espanha. 


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