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CIMG5097Galiza - Diário Liberdade - Apesar da chuva e de umha presença repressiva pouco agradável, cerca de 2.000 pessoas tomárom as ruas compostelanas.


A manifestaçom nacional convocada na tarde deste domingo (16 de junho) em Compostela nom podia ter menos facilidades climáticas para o seu sucesso, com um dia de "primavera" frio e chuvoso na capital galega. E apesar de todo fôrom cerca de 2.000 as pessoas que respondérom o chamado da Plataforma Galega polo Direito ao Aborto.

No "todo" apesar do qual a manifestaçom conseguiu um notável resultado podemos incluir umha importante presença das forças repressivas do país vizinho, na sua habitual posse ameaçante, protegendo especialmente as instituiçons que apoiam a política patriarcal implementada polo PP: o Parlamento burguês, El Correo Gallego -jornal referencial da direita compostelana e várias igrejas, entre as quais a Catedral, que foi fechada e cercada polas forças policiais.

A manifestaçom partiu às 17.00 horas da Estaçom de Autocarros, para terminar na praça das Praterias após percorrer as principais ruas do centro urbano. O número de manifestantes permitiu fazer umha cadeia humana que cercou a Catedral, símbolo de umha Igreja Católica que, isolada da realidade, se esforça por levar a mulher de volta para épocas medievais.

No ato final leu-se o manifesto lançado e houvo atuaçons poéticas e musicais. As conceituadas artistas Mercedes Peón, Ugia e Sonia Lebedynski fôrom três das muitas mulheres e homens que se mobilizárom hoje nas ruas da capital galega. Além de criticar "a imposiçom de Gallardón e a minoria de 10% que som contra o direito ao aborto" exigírom-se mais apoios e serviços sociais para aquelas mulheres que querem ser maes.

Galeria fotográfica

A seguir, umha galeria fotográfica da manifestaçom desta tarde.


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Além de reivindicar o direito à liberdade sexual e reprodutiva com frases como "Sexualidade nom é maternidade, parir nom é o destino da mulher" ou "Fora rosários dos nossos ovários" expressou-se "dessilusom" porque "o pai de Gallardón nom pugesse um condom".

Cámara Municipal de Compostela empece a manifestaçom

O governo municipal, nas maos do PP e com vários vereadores/as imputadas por corrupçom, tentou dificultar o protesto desta tarde. Fijo-o negando acesso a umha tomada elétrica que permitisse realizar as atuaçons das artistas e dar leitura ao manifesto na Praça das Praterias. Porém, de pouco lhe valeu a Ángel Curras (o Presidente municipal) o esforço, dado que umha creperia da praça da Quintá forneceu eletricidade para o evento.

Umha legislaçom retógrada e fossilizante

E embora o século XXI nom seja a Idade Média, no Estado espanhol é a hierarquia católica mais extremista a que marca os tempos da legislaçom anti-mulher. O protesto de hoje contestou a Lei do Aborto promovida polo Ministro da Justiça espanhol, Ruíz Gallardón, que segue um por um os ditados da Conferência Episcopal desse estado -repudiada mesmo pola maior parte do catolicismo doutros lugares do mundo, devido ao seu conservadurismo.

Gallardón, vinculado ao Opus Dei, aprovará umha lei que fará viajar as mulheres que sofrem o regime espanhol várias décadas atrás e bastantes milhares de quilómetros para abortar, tal como acontecia na época do ditador Franco. No protesto de hoje criticou-se esse retrocesso frente à lei vigorante, "que garante umhas possibilidades dignas para a mulher" embora "seja, apesar de todo, insuficiente".

Tal como explica a Plataforma polo Direito ao Aborto, as principais mudanças promovidas polo ultra Gallardón suponhem a volta ao cenário de 1985, implicando um aborto diferente para ricas (que podam pagar viagem e atençom médica num país onde o aborto seja legal) e para pobres (que terám que abortar em clínicas ilegais, com risco da sua vida), a volta à minoria de idade das mulheres (que necessitarám autorizaçom de um/ha profissional, ou titor/a para menores) e umha caça de bruxas (contra aquelas mulheres que abortarem, a revelia da lei, implicando ainda o constante submetimento a investigaçom das decisons tomdas polas mulheres)


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