Pelo menos três presidentes devem ser reeleitos e quatro encerram seus mandatos deixando marcas históricas (negativas e positivas).
Quem fica
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, é favorito, assim como a presidenta Dilma Rousseff, em todas as pesquisas. Com um mandato marcado pelo início das conversas com as Farc e, ao mesmo tempo, pela manutenção dos ataques contra a guerrilha, Santos tem 36% das intenções de voto na pesquisa de dezembro. A eleição presidencial na Colômbia será no dia 25 de maio.
Na Bolívia, Evo Morales deve conquistar o terceiro mandato. Ao assumir, ele reformou a Constituição e teve um primeiro mandato de dois anos. Com isso, chega em 2014 com 8 anos de mandato e concorrerá à reeleição. Segundo as pesquisas, tem 43% das intenções de voto. Eleição: 5 de outubro.
Quem sai
Entre os quatro presidentes que encerram seus mandatos porque a legislação não permite a reeleição, a saída de Pepe Mujica da presidência do Uruguai deve ser a mais sentida. Considerado o presidente mais pobre do mundo, Mujica conquistou a simpatia de todo o mundo com seu jeito simples e com mudanças pioneiras, como a legalização do aborto, da maconha e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mujica ainda derrubou queixos com seu discurso na Assembleia da ONU. Com o nome garantido na história do Uruguai, Pepe deve dar lugar ao ex-presidente Tabaré Vázquez. Eleição: 26 de outubro.
Laura Chinchilla deixará a presidência da Costa Rica garantindo sua presença na história como primeira mulher a ocupar o cargo. Opositora do casamento gay e da legalização do aborto, ela governa com apenas 12% de aprovação – foi a pior da América Latina por dois anos consecutivos. Apesar disso, deve fazer sucessor: Johnny Araya, do mesmo partido, lidera as pesquisas para a eleição do próximo dia 2 de fevereiro.
Em El Salvador, Maurício Funes, o primeiro presidente de esquerda da história do país, encerra seu mandato. Casado com uma brasileira e muito próximo ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-presidente Lula, Funes copiou os programais do governo brasileiro. Parece que aprendeu direitinho, pois é o governante mais popular da América Latina com 83% de aprovação. Segundo as pesquisas, Funes deve fazer sucessor: Salvador Sánchez Cerén, o vice-presidente, é o favorito para a eleição do próximo dia 2 de fevereiro.
No Panamá, Ricardo Martinelli deve passar o cargo para José Domingo Arias, da situação (direita). A eleição acontece no dia 4 de maio.
Foto: Dilma Rousseff (Brasil), Juan Manuel Santos (Colômbia), Evo Morales (Bolívia), Pepe Mujica (Uruguai), Laura Chinchila (Costa Rica), Maurício Funes (El Salvador), Ricardo Marinelli (Panamá.