Os activistas do Teatro da Liberdade, em Jenin, atacados e presos pelo exército israelita, que também destruiu o teatro, um símbolo da resistência palestiniana, denunciaram a agressão num comunicado divulgado pelo CAPJPO-EuroPalestine, que adiante transcrevemos . Depois do assassinato do seu director, Juliano Meir Khami, há uns meses, o governo israelita procura agora silenciar e neutralizar estes activistas culturais que apoiam os jovens de Jenin através do teatro e outras actividades.Apelo do Teatro da Liberdade:
"As forças especiais do exército israelita atacaram o Teatro da Liberdade, situado no campo de refugiados de Jenin, esta quarta-feira às 3,30 h.
Ahmed Nasser Matahen, estudante técnico que vigia o teatro durante a noite, foi acordado por enormes blocos de pedra lançados contra a porta do teatro. Ao abrir a porta deparou-se com uma soldadesca armada e mascarada que cercava o teatro.
'Disseram-me para levantar os braços e obrigaram-me a baixar as calças. Pensei que a minha hora tinha chegado e que eles iam matar-me. O meu irmão estava ao meu lado, algemado'.
Ao mesmo tempo, o director encarregado da locação do local, Adnan Naghnaghiye, era detido e levado para um destino desconhecido, assim como Bilal Saadi, um dos membros do conselho de administração do Teatro.
'Quando o director geral do Teatro, o britânico Jacob Gough, e o seu co-fundador, o sueco Jonatan Stanczak, chegaram ao local, foram obrigados a permanecer quietos ao lado de uma família palestiniana com 4 filhos, cercados por uns cinquenta soldados israelitas armados dos pés à cabeça.
Quando tentámos dizer-lhes que estavam a atacar um lugar cultural e a deter os animadores do Teatro, eles ameaçaram espancar-nos. Tentei contactar com a administração civil do exército, mas desligaram-me o telefone na cara"
27 de Julho de 2011