Reunidos na Plaza de Mayo e sob o lema "Nunca Mais!", os e as manifestantes, encabeçados pelas Mães e Avós da Plaza de Mayo com seus cartazes com as fotos das pessoas desaparecidas durante o regime militar, marcharam pela Avenida de Mayo e outras ruas do centro da capital argentina.
Segundo muitas pessoas, ainda restam resquícios da Ditadura naquele país, mesmo com os castigos aos agentes terroristas do Estado que praticaram crimes contra a humanidade durante o período. As que foram às ruas exigiram julgamento e condenação aos civis que colaboraram com o regime militar argentino, que "ainda continuam organizados para atacar a democracia", como as corporações de mídia, a Igreja, o Poder Judiciário e as empresas privadas, denunciam.
No dia 24 de março de 1976, uma junta militar foi responsável pelo golpe de Estado contra a presidente Isabelita Perón (viúva de Juan Domingo Perón, que a antecedeu na presidência do país), acusada de estar destruindo a nação, por causa da inflação e de uma suposta influência dos ideais socialistas no continente.
Com a desculpa de conter a crise política e econômica que assolava a Argentina dos anos 70, os grandes órgãos de imprensa apoiaram o golpe, pregando a "instauração da ordem" no país. Esta última ditadura militar argentina durou até 1983, e foi responsável por mais de 30 mil mortes, além de diversos crimes contra a humanidade, que seguem sendo julgados a cada ano.