Num comunicado público, a FPR aponta que Gustavo Salgado se encontrava em permanente vigilância e assédio por parte de caciques locais e do estado devido a sua atividade política em defesa da terra e da classe trabalhadora. Assim, Salgado Delgado tinha sido um dos principais promotores das mobilizaçons de protesto pola desapariçom dos 43 estudantes de Ayotzinapa, e apoiava os jornaleiros do estado de Guerrero que trabalham de forma temporal e sem direitos nos campos de canha de Morelos. De facto, segundo diversas fontes, o militante comunista teria sido sequestrado na terça-feira após participar numha assembleia popular com os jornaleiros que formárom um acampamento para pedir que lhe seja entregue umha vivenda. Apenas 24 horas depois era localizado o seu corpo, desmembrado e com sinais de tortura.
Fontes consultadas indicam que já teriam sido detidas quatro pessoas acusadas do sequestro e assassinato de Gustavo Salgado. Porém, a FPR, assim como diversos grupos de ativistas, responsabiliza o governo do estado de Morelos e o Estado mexicano, e considera que este crime "fai parte da política de terror que implementa o Estado para tratar de atemorizar o movimento popular". Mas acrescenta: "por cada morto, desaparecido, torturado, preso, perseguido, o povo acertará contas".