"O Governo Nacional, a partir de 20 de julho, colocará em andamento um processo de desescalada das ações militares, em correspondência com a suspensão de ações ofensivas por parte das Farc", diz o comunicado conjunto citado pela agência France Presse.
Noruega e Cuba são os mediadores das negociações do processo de paz desde 2012, um processo que sofreu um revés em maio deste ano, quando o último cessar-fogo, declarado unilateralmente pelas Farc, acabou ao fim de cinco meses, quando o governo bombardeou um acampamento da guerrilha. Desde então já morreram 22 militares e 14 guerrilheiros.
No passado dia 8, nas vésperas de nova ronda de diálogo em Havana, as Farc voltaram a anunciar um cessar-fogo unilateral para 20 de julho, com duração de um mês. Uma decisão que teve resposta positiva do governo este fim de semana. As duas partes deverão avaliar a situação daqui por quatro meses e as Farc admitem prolongar a trégua já declarada.
O conflito na Colômbia já custou 220 mil mortos nas últimas décadas. O atual ciclo de negociações já conseguiu acordos sobre participação política, reforma agrária, política de drogas e retirada de minas terrestres e um dos dossiers em aberto é o a reparação às vítimas do conflito que ainda divide o país.