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040715 psuvVenezuela - PCB - [Carlos Casanueva Troncoso] Terminadas as primárias do PSUV, a leitura de todos os partidos do GPP (Grande Polo Patriótico) foi unânime: saudar e reconhecer os mais de 3 milhões de eleitores que participaram no domingo, 28 de junho, deste evento democrático.


 A participação alcançada, sem precedentes na história da Venezuela e da América Latina, em meio de ao menos seis meses de guerra econômica sustentada, traduzida em desabastecimento induzido e filas permanentes, de utilização da guerra psicológica com a finalidade de aprofundar os sentimentos de angústia na população, para empurrar o povo para um estado de apatia generalizada e falta de confiança nas políticas governamentais, não é menor, frente aos pessimistas de direita e de esquerda, que prognosticam uma baixa participação nas próximas eleições.

É neste contexto adverso que o chavismo foi surpreendido por mais eleitores do que se esperava para este 28 de junho, como o reconheceu recentemente o próprio Jorge Rodríguez e o Presidente Nicolás Maduro. Como já é habitual, a tática que a direita tentou impor foi relativizar e desconhecer a ampla participação nas primárias do PSUV.

Apesar de que, sem dúvida alguma, esta ampla participação representa para o PSUV um grande êxito, é necessário não cair em um triunfalismo imobilizador, entendendo que ainda estamos em pleno desenvolvimento de uma guerra de quarta geração que não foi concluída, sendo previsível um aprofundamento desta estratégia, como já é habitual no país, em períodos pré-eleitorais. É provável que a combinação de ações de denúncia e protesto, a guerra informativa, as campanhas comunicacionais internacionais e a guerra econômica, tendam a radicalizar-se.

A partir desta perspectiva, é de suma importância que o PSUV e o GPP sejam capazes de dar claramente o próximo passo, concretizando uma unidade estratégica cabal, materializada em uma lista parlamentar única para a batalha de 6 de Dezembro, cujo objetivo é mais amplo que apenas manter a maioria parlamentar das forças bolivarianas, mas também assegurar a continuidade estratégica do projeto bolivariano e a transição para o socialismo venezuelano, fieis ao projeto inconcluso de Hugo Rafael Chávez Frías e seu valioso legado.

Neste sentido, acreditamos que a campanha eleitoral desde já deve apontar para a constituição de comandos de base pela defesa da revolução para além do PSUV, assumindo organizadamente a batalha territorial contra a especulação, pelos preços justos e contra a acumulação, sendo uma só voz contra a corrupção, o burocratismo e a ineficiência incrustada nos diferentes níveis das instituições do Estado e cujos efeitos, possam ser tão nocivos como os mesmos planos da direita.

Para o cumprimento destes objetivos é decisivo tanto o fortalecimento do poder popular como a potencialização da produção comunal que avança para a conquista da soberania alimentar. Em nossa opinião, a única maneira de enfrentar os inimigos da revolução chavista e bolivariana, é a consolidação do poder popular a partir da diversidade revolucionária, pela defesa integral da pátria.

É por isso que fazemos um chamado a nutrir de conteúdo esta campanha eleitoral, permitindo, depois das eleições, obter um saldo organizativo e dar um salto qualitativo na unidade da base territorial, permitindo aumentar as capacidades de implantação, organização e resposta frente aos contextos históricos que se vão configurando de 2016 adiante. Nesse sentido, os comandos, comitês ou assembleias de convergência territoriais político-sociais, serão determinantes para assegurar a permanência e o avanço do projeto revolucionário venezuelano e continental.
Internacionalista chileno, professor de História e Geografia, militante comunista e membro do Movimento Continental Bolivariano

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)


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