O chefe da Delegação de Paz das FARC-EP, Iván Márquez, encerrou o ciclo 36 de conversações dando leitura a um documento no qual resumiu os principais temas propostos pelas FARC-EP nos últimos dias.
A Constituinte. O chefe insurgente insistiu na necessidade de uma Assembleia Nacional Constituinte como ponto de partida para iniciar uma nova era de transformações sociais.
O tema de vítimas. As FARC urgiram, uma vez mais, ao Governo a avançar no tema de vítimas, já que a insurgência expôs suas propostas a esse respeito.
A discussão sobre cessar bilateral de fogos e deixação de armas. A insurgência deixou em claro que a ideia é não usá-las para fazer política, o que implica que a sociedade também terá que desmilitarizar-se
Descontaminação de artefatos explosivos. Neste ciclo continuou o estudo e a preparação da agenda frente a este tema, o que foi qualificado como positivo pela insurgência.
Comissão paramilitarismo. A guerrilha voltou a insistir sobre a necessidade de integrar uma comissão que esclareça o fenômeno do paramilitarismo, o qual está estipulado no Acordo Geral de Havana.
Comissão Histórica do Conflito e suas Vítimas. Iván Márquez enfatizou que se deve estudar e avaliar os informes da Comissão Histórica do Conflito e suas Vítimas, já que são fundamentais para chegar ao entendimento da temática da Agenda.
Comissão de Esclarecimento da Verdade. As FARC-EP afirmaram que chegou a hora de criar uma Comissão de Esclarecimento da Verdade, fundamental para recolher o sentir das vítimas do conflito:
"Sem verdade, ficarão vítimas por fora do alcance da história; e a reparação seria seletiva, incompleta. Paz sem verdade é impossível. Pós-conflito calmo, tranquilo, sem verdade, é impossível"
Para tal fim, concluiu o porta-voz insurgente, é importante abrir os arquivos, já que não se pode conhecer a verdade se se continuam escondendo.
Escritório de imprensa da Delegação de Paz FARC-EP