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080515 renunciaChile - Esquerda Diário - Em uma entrevista no Canal 13 [Canal da PUC] Bachelet anunciou o pedido de demissão de todos os seus ministros. É que as denúncias atingiram o coração do Governo com Peñailillo [Ministro do Interior] envolvido.


Com isso, a pressão exigindo a reformulação do gabinete aumentou, especialmente à direita. E se agrega um clima de crescente mobilização no país.

Há várias semanas que se exige uma mudança de gabinete. Pela imprensa de direita, "El Mercurio" e "La Tercera", a UDI [Partido de direita] e RN [centro-direita], e também líderes históricos da coalizão de governo, a Consertação, como o antigo ministro do interior do primeiro governo de Bachelet, Edmundo Perez Yoma.

O governo resistiu à pressão durante as últimas semanas. A aposta era gerar acordos para encontrar soluções pelo alto. Após tentativas falharem, como as mudanças fiscais, outras maneiras como a carta assinada no palácio La Moneda [Palácio de Governo] por todas as partes da UDI até o PC, que passou despercebido, mas procura cerrar fileiras para terminar no topo do governo. Depois veio a vinda de novas apresentações do Serviço de Impostos Internos (SII) para permitir o desempenho do Ministério Público, mas foram deixados de fora representantes da Nova Maioria [Atual coalição política governante], e foi questionado o acordo ao ponto de forçar o diretor do SII Michel Jorrat a se desligar. Mais tarde, foi divulgado o relatório da Comissão Engel [Comissão Presidencal contra a corrupção] e anúncios na cadeia nacional por Bachelet.

Nada resolveu. As queixas continuaram vindo. E aconteceu que o coração do palácio La Moneda. Não só isso, nestes dias, novas denúncias serão feita pelo caso Penta [Caso de corrupção] que irá assistir a desfiliação de boa parte da alta liderança da UDI. Assim, da Nova Maioria à direita, toda a Penta [empresa relacionada nos escândalos com o governo] aparece envolvida. Eles teriam que realizar uma operação maior.

A pesquisa Adimark [principal pesquisa de mercado e opinião pública] publicada hoje, mostra uma rejeição a Bachelet de 70%, o mesmo índice de rejeição de Piñera no ponto mais alto das mobilizações de 2011. Preocupado, o diretor da Adimark disse que esta rejeição seria pior, porque não há manifestações por hora.

Crise de representatividade

Nós não estamos em 2011, mas as pesquisas mostram uma rejeição generalizada de todos da Penta. Ninguém se salva. Ninguém estava de fora. Todos são questionados.

É passivo. Mas existem sinais de ação. Em 21 de abril houve um dia nacional de greve e mobilização de setores estratégicos da economia. Em 16 de Abril, apenas em Santiago 150 mil estudantes mobilizados nas ruas. Nas duas mobilizações dos trabalhadores e dos próprios alunos se uniram demandas com a denúncia aos escândalos que abalam o regime. Nas últimas semanas, mais de 20 reuniões ocorreram na sede da Penta, SQM [Sociedade Quimica e Mineira e envolvida em outro caso de corrupção] e de seus partidos. Organizações como o Partido Revolucionário dos Trabalhadores lançou o slogan "Que o Penta não decida por nós", levantando a necessidade de uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana com base na mobilização. Organizações estudantis como a ACES [Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários] lançou o slogan "Fora todos".

A atual queda nas pesquisas, não é o resultado de mobilizações como 2011, mas pode ser um detonador.

Medidas da Penta para oxigenar o regime

A mudança de ministros busca oxigenar o regime, que se afogou por escândalos. A verdade é que as reivindicações abrangem praticamente todos os partidos e seus líderes e parlamentares, em sistemas de compra e venda dos parlamentares pelas empresas depois com os seus e-mails intervindo na votação dos parlamentares sobre as leis, não é à toa que sempre são favoráveis às empresas e seus negócios. Outros rostos, a mesma casta de empresários e políticos.

Oxigenando-se, o Governo procurará reimpulsionar uma agenda política que passou entre seus dedos. As demandas de mudança no gabinete incluíram a necessidade de mudar rostos para se desafogar, como uma mudança de rumo nas reformas anunciadas. Duas discussões fundamentais pela frente: reformas trabalhistas e o restante da reforma da educação. A composição do novo gabinete a ser anunciado em 72 horas mostram o quão longe este inesperado anúncio pode chegar.


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