No contexto do ciclo 34 do diálogo de paz, realizado aqui pela maior guerrilha colombiana com o governo de Juan Manuel Santos, o comandante insurgente Pablo Catatumbo afirmou que, apesar do processo de paz avançar, ainda faltam questões essenciais da Agenda para serem debatidas.
Segundo o porta-voz guerrilheiro, o diálogo de paz em Havana avança e foram atingidos acordos importantes que permitiriam atacar as causas da confrontação de mais de meio século na Colômbia.
Mas em linguagem singela e coloquial, podemos dizer que avançamos como nunca, mas ainda há muito caminho a percorrer, considerou Catatumbo ao recordar o "conjunto das 28 advertências (do processo de paz) que permanecem no congelador, esperando o momento para que se volte a elas".
Seguramente, se quer acelerar o andamento, já é hora de fazer isso, agregou o porta-voz das FARC-EP.
Em resumo, há muito por percorrer e muitas mais vontades a somar antes de expressar que quase tudo já está pronto, advertiu Catatumbo frente à intensa campanha midiática que a partir de diversos organismos institucionais oferecem a sensação de que o acordo (de paz) está muito próximo.
Nesse sentido, disse que falta tratar temas como o paramilitarismo, a Comissão do Esclarecimento da Verdade e Não Repetição, o cessar-fogo bilateral, entre outros.
Catatumbo enfatizou que estão sendo discutidos temas vitais como a deposição de armas, no entendimento da não utilização destas em política por ambas as partes, e qualificou como transcendental os acordos para o desminado humanitário na Colômbia.
A respeito, o Comandante insurgente insistiu em assinalar que no tocante à limpeza e descontaminação por restos de explosivos, "este é um acordo bilateral, de recíprocas obrigações, ao qual aspiramos a que dentro de um cessar-fogo bilateral possa ser estendido a todo o país" e não fique como um assunto exclusivo da guerrilha.