Ambas as partes se reuniram nesta capital durante a semana passada em separado e depois em conjunto com o ex-secretário da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan. Em um dos encontros estiveram presentes os garantidores (Cuba- e Noruega).
Em suas declarações aos meios, Annan felicitou os progressos das conversas entre ambas as partes, ao mesmo tempo em que chamou às partes a conseguirem um acordo para pôr ponto final a este conflito. Daí a necessidade que cada qual jogue seu papel.
Uma adequada educação cívica -indicou Annan- daria a conhecer as causas da guerra e os benefícios da paz, e neste empenho devem participar as FARC-EP, o governo colombiano e os meios de difusão.
Quando se fala de paz -afirmou- há normas que cumprir e as discussões das partes devem continuar.
Continuaremos o apoio a este processo, existe respaldo da comunidade internacional pelo que não devem defraudá-la, pediu o ex-secretário geral da ONU.
Iniciados em novembro de 2012 em Havana os diálogos de paz para Colômbia adquiriram uma nova dinâmica com a incorporação das vítimas, que deporam e chamaram a manter os esforços por esse sonho nacional na mesa de conversas.
O conflito na Colômbia deixou ao redor de 6,5 milhões de vítimas, entre elas mais de 200 mil mortos, pelo que é crucial para conseguir a paz encontrar os mecanismos para seu reparo e assegurar a não repetição desses fatos.
Com Cuba e Noruega como garantidores e Venezuela e Chile na qualidade de países acompanhantes, estas conversas já conseguiram consensos nos pontos de reforma rural (maio de 2013), participação política das FARC-EP (novembro de 2013) e drogas ilícitas (maio de 2014).