Liderado pela advogada Piedad Córdoba e outras personalidades da vida pública, o movimento criará um comitê encarregado de realizar pesquisas preliminares para determinar em quais regiões tem presença e possibilidades eleitorais. A estratégia de olho nas eleições de 2015 inclui um plano de acordos programáticos com partidos e coletivos de esquerda, segundo informaram seus porta-vozes à imprensa.

Decidimos participar das eleições com o objetivo de gerar um melhor clima político ao redor do processo de paz e de transformar a maneira de fazer política no país, explicou David Flores, outro dos representantes da Marcha Patriótica. Em referência aos acordos programáticos, agregou que procuram pontos de coincidência com outros grupos, um olhar que priorize às comunidades de um âmbito especialmente territorial.

É nos conselhos municipais e nas assembleias departamentais, nas prefeituras e governos onde se tomam decisões, é nas regiões onde se vive os impactos da política mineiro-energética, onde se vive o conflito armado, onde se sente a maior desigualdade; por tudo isso, decidimos entrar ao cenário eleitoral, comentou Córdoba.

De acordo com seus promotores, a Marcha Patriótica realizou um importante trabalho nas regiões como El Catatumbo (Norte de Santander), Arauca, Meta, Caquetá, Putumayo e Cauca.

O país se deu conta que nosso poder de mobilização social reside no oriente, no nordeste e no sul do país, zonas nas quais o movimento agrário, afro e indígena é forte; alí nossa participação eleitoral será muito positiva, opinou Flores.

Como parte do processo, um comitê de ética selecionará os candidatos para as votações de 25 de outubro de 2015, quando os colombianos poderão escolher a governadores, prefeitos, deputados, vereadores e membros de juntas administrativas locais.

Apresentada em 2010 como uma plataforma de organizações, a Marcha Patriótica passará da mobilização popular à política eleitoral, enfatizou Córdoba.