O boletim pluviométrico do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) indica que nos dias 1 e 2 de Setembro choveu em quase todas as ilhas e municípios do país. Em Santo Antão, no concelho da Ribeira Grande, há registo de precipitações em quase todas as localidades no dia 1, tendo atingido os 64,2 milímetros em Fajã Domingas Benta, 60,2 mm em Chocho, 53 mm em Pinhão, 48mm em Lombo Branco e 45mm em Boca de Coruja. A chuva voltou a cair no dia 2, mas com menor intensidade.
Choveu também nos municípios do Paul e do Porto Novo, com Passagem a assinalar o maior registo (42mm), seguido de Figueiral (35mm) e Alto Mira. Sobre estas chuvas, a delegada do MAA em santo Antão, Maria Auxiliadora Fortes, lembra que estas foram as primeiras, mas tem que haver mais chuva para garantir o ano agrícola. "É verdade que as culturas de sequeiro – milho e feijão – estão bonitas, mas precisamos de mais chuvas. Também temos a questão do mil-pés, que atrapalha. Mas estes têm sido combatidos com armadilhas, que reduzem a população desta praga. Em relação às outras pragas, como o gafanhoto e o pulgon (Nizara Virídula) , está em curso uma campanha preventiva".
De referir, que as chuvas da primeira semana de Setembro foram mais expressivas na ilha de Santiago, com o concelho de Tarrafal a bater todos os recordes ao registar em Achada Longueira uma precipitação de 213 mm. Destaque também para os valores de Achada Moerão (64mm) e Chão Bom (60 mm). Ainda na ilha de Santiago, choveu forte em São Lourenço dos Órgãos, com bons registos em Escola Agró-Pecuária (89mm), Mato Limão (80,7mm), Alto Casanaia (73mm) e Vale de Mesa (70mm), Assomada (61mm).
Na ilha do Fogo, os registos são também expressivos em Ribeira do Ilhéu (124mm), Espia e Atalaia (92mm), Cocho (80mm), Pau Cortado (77mm), Mosteiros (70mm) e Achada Grande (60mm). Na ilha Brava, choveu forte apenas em Campo Baixo (35mm).