Os militares voltaram ao trabalho na terça-feira. Depois de reunião com representantes do movimento grevista, a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) exigiu o fim de qualquer tipo de manifestação por parte dos militares. Segundo a Sesdec, está marcada para a próxima terça-feira, 25, uma reunião entre o Comando-Geral dos Bombeiros e as lideranças do movimento, para a apresentação das reivindicações.
A Nova Democracia 17.05.11
Bombeiros em greve exigem a libertação de liderança presa pela polícia
Há quase um mês em greve, bombeiros militares do Rio de Janeiro, a maioria deles guarda-vidas, fizeram uma manifestação na porta da Assembléia Legislativa no dia 16 de maio.
A categoria reinvindica a abertura de negociação com o gerenciamento estadual para elevar o piso atual de 950 reais, considerado o pior do Brasil, para 2 mil reais. Apesar das catástrofes nos morros do Bumba e dos Prazeres, na Região Serrana, no início desse ano e em Angra dos Reis no início do ano passado, nas quais a categoria prestou seus serviços, o gerente Sérgio Cabral vem tratando a categoria com indiferença, negando-se a negociar.
Além do aumento do piso salarial, os bombeiros exigem a libertação imediata do capitão bombeiro Lauro Cesar Botto, preso arbitrariamente acusado de liderar o movimento. Outros quatro bombeiros estão com a prisão decretada mas negam-se a se apresentar a justiça. Contudo, a perseguição ao movimento só fez aumentar a adesão de mais bombeiros à greve, que já mobiliza 70% do efetivo no estado do Rio. Os manifestantes ainda saudaram o apoio do jornal A Nova Democracia a sua greve com uma salva de palmas.