1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (4 Votos)

200511_assembleiaGaliza - Diário Liberdade - Enquanto as manifestaçons em várias cidades galegas continuam, aparece um movimento que reclama contundentemente umha construçom galega do processo que começou em Madri domingo passado. Chamam a colaborar na organizaçom de umha assembleia.


Desde as manifestaçons de domingo passado, que mobilizárom vários milhares de galegas e galegos, acampadas e protestos instalárom-se em várias cidades: Vigo, Corunha, Compostela, Ferrol e Ponte Vedra. Os protestos nestas cidades, no entanto, nom atingírom um êxito completo. A prova é que a mobilizaçom mais numerosa desta quinta-feira nom tinha relaçom com as convocatórias do Movimento 15M: mais de 5.000 operários e operárias navais marchárom pelas ruas de Ferrol contra a ameaça de perda de milhares de postos de trabalho no setor.

Algumhas das principais críticas vinham da falta da perspetiva galega do movimento, que desde o primeiro momento apareceu como satélite do que ia acontecendo em Madri. Este novo movimento se define como galego, e chama à organizaçom de umha assembleia aberta, que ainda nom tem data fixada:

Dende este espazo web facemos un chamamento á mocidade galega para acudir a unha asemblea totalmente aberta co obxectivo de facer un movemento galego contra o actual estado de cousas.

O lugar e data da xuntanza, así coma a orde do día, non está fixado: será escollido por toda a xente que se vaia anotando.

Anótate en mexanpornosdicindoquechove@gmail.com ou no grupo "Mexan por nós" no Facebook.

Que escoiten a nosa voz!

Como figérom e fazem movimentos análogos, a iniciativa utiliza as redes sociais para espalhar a sua proposta.

Como se define o movimento

Somos xente moza da Galiza farta co actual estado de cousas, aquí e no mundo, e que queremos facer nacer un modelo de sociedade novo dende o noso recanto do globo terráqueo.

En "Mexan por nós" somos xente que queremos vivir en democracia, nunha democracia de verdade, con decisión sobre os asuntos económicos, sen oligopolios económicos, mediáticos nin de ningún tipo, que queremos poder vivir dignamente na nosa terra, que non queremos seguir a destruír o planeta nin que a maior parte da humanidade viva na miseria para que unha minoría de ricachóns gañe cada vez máis.

"Mexan por nós" está aberto a tod@s; nada está pechado. "Mexan por nós" somos nós e es ti, porque a tod@s nos afecta o que está a suceder, porque unid@s podemos cambiar o mundo.

Participa no foro aberto no grupo de Facebook "Mexan por nós" ou pinchando na imaxe da esquerda.

O manifesto

O manifesto é disponibilizado na norma AGAL da nossa língua e na isolacionista:

MIJAM POR NÓS E SABEMOS QUE NOM CHOVE
 
Nós, a geraçom que, por vez primeira em muito tempo, teremos menos direitos e possibilidades de futuro do que os nossos pais e mais; aqueles que invertimos muito tempo e quartos das nossas famílias em formar-nos; aqueles que medramos a carom da TV e prometêrom-nos um mundo de fantasia onde todas e todos seriamos ricos; aqueles que pensavamos que viviamos em democracia, estamos fartas e fartos de que mijem por nós, estamos...
* fartas e fartos de que os bancos e grandes empresas, responsáveis da crise, salvados com quartos públicos de todos nós, agora repartam dividendos multimilhonários entre os accionistas.
* fartas e fartos de que se recurtem os quartos para serviços públicos básicos, como a Sanidade ou a Educaçom, com a excusa da crise quando o déficit público foi gerado para salvar o grande capital.
* fartas e fartos de que desde a mídia se culpe sempre da crise às pessoas e grupos sociais mais fracos: nem a migraçom, nem as aposentadorias, nem outras ajudas sociais, nem o gasto em serviços públicos básicos, nem o funcionarado, som responsáveis da crise.
* fartas e fartos dum sistema económico que mantém a 1.500 milhons de pessoas na extrema miséria, que mata diariamente a 50.000 pessoas por causas relacionadas com a fame, que escraviza a adultos e a crianças, para que  1% da populaçom acapare  40 % da riqueza mundial.
* fartas e fartos de que o produtivismo conduza a trabalhadores e trabalhadoras à miséria e escravitude e o planeta ao colapso ambiental.
* fartas e fatos da ruptura entre as forças políticas e as aspiraçons da gente.
* fartas e fartos de ser tidas em conta só como consumidoras e nom como pessoas.
* fartas e fatos de ter que emigrar da Galiza por obriga, para ter trabalho, e fartas de trabalhos precários no nosso país, onde  20% das pessoas estám no límite da pobreza.
* fartas e fartos de que o nosso páis nom poda desenvolver os sectores produtivos básicos por estar sujeito a umha legislaçom estatal e europeia que condena a Galiza a ser fonte de mao de obra e de produçom de energia.
Nom acreditamos  no engano de que as reformas sociais que beneficiam os poderes financeiros som inevitáveis; nom acreditamos o que nos vendem de que “vivemos no melhor mundo dos possíveis". Acreditamos que há alternativa, se nós a fazemos realidade, que há outra maneira de gestionar a economia, pondo-a ao serviço da gente.
Queremos outro mundo…
* onde o direito à alimentaçom, à saúde, à vivenda e à educaçom sejam inalienáveis.
* onde o trabalho se organice para o bem comum e a felicidade, e nom para a acumulaçom de riquezas dos menos e a exploraçom dos mais.
* onde se garanta a soberania alimentar dos povos do mundo.
* onde haja democracia directa e participativa, umha cultura cívica que possibilite que todas e todos podamos participar e devamos implicar-nos em todos os assuntos que nos atinjam.
* onde as finanças estejam controladas e ao serviço da gente e do planeta.
* onde os povos do mundo se relacionem em igualdade.
Um mundo onde as prioridades sejam as pessoas: o igualitarismo, a fraternidade, a nom exploraçom – nem de género, nem de classe, nem de uns povos sobre outros –, a liberdade, o respeito aos límites ecológicos do planeta. Numha palavra: a FELICIDADE.
Por isso, a mocidade que lançamos este manifesto fazemos umha chamada  à mocidade galega e a toda a sociedade para que construamos desde a Galiza a alternativa a este mundo tolo, movimento em que participemos gente moça, movimentos sociais e organizaçons sob a bandeira comum da luta contra o capitalismo e por umha ordem social justa. Para isso, convidamos-vos a participar numha assembleia aberta, com lugar e data por decidir entre toda a gente que nos unamos.
Une-te, para que deixem de mijar por nós.

Unidos e unidas transformaremos a Galiza e o mundo!
Na Galiza, maio de 2011.

Foto: Mijam por nós - Imagem do site.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.