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150411_Activista_GazaPalestina - RFI - O corpo do ativista italiano Vittorio Arrigoni foi encontrado pouco tempo depois do anúncio de seu sequestro, na noite desta quinta-feira, por um grupo radical salafista ligado à rede terrorista Al Qaeda, de oposição ao Hamas. O governo italiano e a Autoridade Palestina condenaram o assassinato qualificado como "ato bárbaro" e "crime odioso".


Em um vídeo postado na internet, o grupo salafista exibiu Vittorio com os olhos vendados e para soltá-lo, exigia que seu líder, Hesham al Saeedni, detido em março pelo Hamas, fosse libertado. Eles ameaçavam executar o italiano ao final de um ultimato dado até às 17 horas desta sexta-feira, pelo horário local.

Segundo um porta-voz do Ministério do Interior da administração do Hamas, o refém estava em uma casa abandonada, informação revelada por um membro do grupo durante um interrogatório. De acordo com o porta-voz, quando as forças de segurança invadiram a casa, o italiano já tinha sido morto há várias horas. Dois suspeitos foram presos.

Vittorio Arrigoni tinha 36 anos, era escritor, jornalista e ativista pró-palestino do Movimento Solidariedade Internacional. Ele chegou à Faixa de Gaza em agosto de 2008 a bordo de um navio com ajuda humanitária. Foi expulso pelo exército israelense, mas conseguiu voltar ao território palestino, onde segundo a direção da Ong, era muito conhecido da população. Este é o primeiro assassinato de um estrangeiro na Faixa de Gaza desde a chegada ao poder do Hamas em junho de 2007.

Reações

A Autoridade Palestina, através de seu presidente Mahmoud Abbas e de seu conselheiro Saëb Erekat, condenou o que chamou de "crime odioso" e manifestou solidariedade aos familiares da vítima. “Este crime não tem nada a ver com nossa história e nossa religião”, afirmou Saëb Erekat, principal negociador palestino.

O governo italiano qualificou a morte de Vittorio como um “assassinato bárbaro” e expressou condolências à família do ativista. Em comunicado, o ministério das Relações Exteriores da Itália afirmou que “condena de forma vigorosa o gesto de violência vil e insensato cometido por extremistas indiferentes ao valor da vida humana”.

O Hamas, que já desmentiu anteriormente a presença da rede Al-Qaeda na Faixa de Gaza, tenta controlar a ação de grupos radicais armados para evitar um nova operação militar contra o território como o “Chumbo Fundido”, do exército israelense entre 2008 e 2009.

O grupo salafista se opõe ao Hamas porque acredita que o movimento que controla Gaza não impõe a sharia, leis islâmicas baseadas no livro sagrado Alcorão, e ainda exige a expulsão de cristãos do território.


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