Os doentes abrangidos são 13 mil pessoas, um número que poderá ter acertos, não só porque haverá um conjunto de doentes que não precisará do medicamento, como outros doentes novos a registarem-se.
O ministro explicou que "o acordo é para dois anos, porque quer a Gilead o laboratório quer outras empresas estão a introduzir novas inovações no mercado", pelo que não faria sentido um horizonte mais alargado.
A decisão do governo chega depois do ganhar dimensão pública a situação desesperada do coletivo de doentes de hepatite c, tendo morrido já vários deles por falta de assistência com os fármacos mais avançados por causa dos custos do tratamento.
Como informámos em dias passados, um dos doentes compareceu no Parlamento para denunciar o abandono de que o coletivo é vítima, com risco sério para as vidas de muitas pessoas.
José Carlos Saldanha protagonizou um apelo aos deputados e deputadas nesta semana, acompanhado dos filhos de duas doentes com hepatite C, uma das quais falecida na passada sexta-feira. No meio da discussão, o doente dirigiu-se a Paulo Macedo, gritando: "Não me deixe morrer, eu quero viver". A presença nos media da denúncia terá acelerado as medidas anunciadas pelo ministro do governo da direita.
Fotos de Luís Nunes para o Diário Liberdade