A população jovem na UE será de 78,4 milhões em 2060, o que representa uma quebra de 0,8% face a 2013, segundo assinala o Relatório sobre Envelhecimento 2015. Já no respeita a Portugal, o decréscimo atinge os 39,4%. Daqui a 46 anos, existirá menos de um milhão de jovens no país.
A população ativa também sofrerá uma quebra abrupta de 35,5%, abrangendo 4,4 milhões de pessoas em Portugal. No que respeita à UE, a diminuição da população ativa será de 11,6%.
A população idosa, por sua vez, deverá aumentar 38,1% em Portugal, para 2,8 milhões de pessoas. Estima-se que o crescimento da população com mais de 80 anos atinja, em Portugal, 132% até 2060, para os 1,3 milhões de pessoas, face às mais de 520 mil de 2013.
Segundo avança o Relatório sobre Envelhecimento 2015, daqui a 46 anos, o universo de pessoas no país com idades entre os 0 e os 14 anos representará 11%, contra os 15% da UE; o escalão etário dos 15-64 anos representará 54% (57% na UE), a população acima dos 65 anos, 35% (28% na UE), e os mais idosos, com mais de 80 anos, terão um peso de 16% na população em geral (12% na UE).
Em 2060, e comparativamente com 2013, Portugal deverá ter perdido 21,6% da população, para um total de 8,2 milhões de habitantes. Nos 28 países da UE espera-se que a população aumente 3,1%, passando para os 522,8 milhões.
Numa altura em que se regista uma acentuada quebra demográfica, o governo PSD/CDS-PP propõe para o Orçamento do Estado de 2015 um corte no abono de família de 6,49 milhões de euros. Na realidade, a despesa com esta prestação já recuou 11 anos.
Ainda que as condições de vida das famílias se tenham agravado, o executivo continua a atacar salários e pensões e a reduzir a proteção social dos cidadãos, ao mesmo tempo que impõe um aumento dramático da carga fiscal e precariza as relações laborais.