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070114 eusebioptPortugal - Diário Liberdade - Reproduzimos a seguir os comunicados difundidos pela principal central operária portuguesa e pelo Movimento Ao Socialismo com motivo do falecimento do mais reconhecido futebolista português de sempre.


CGTP

Faleceu Eusébio da Silva Ferreira

Foi com profundo pesar que a CGTP-IN e os trabalhadores portugueses tomaram conhecimento do falecimento de Eusébio da Silva Ferreira.

Figura impar e incontornável do desporto e da sociedade portuguesa, um dos melhores futebolistas de todos os tempos, que fez brilhar o nome de Portugal quando este estava fechado sobre si próprio e mergulhado numa obscura e dura ditadura.

O seu percurso desportivo, o seu profissionalismo, as suas conquistas e glória elevaram-no a símbolo de Portugal. Além fronteiras, Eusébio foi e é, reconhecidamente, um embaixador do nosso país. A sua morte constituiu uma perda assinalável intergeracional para o desporto e a sociedade portuguesa.

Enviamos à sua família e ao Sport Lisboa e Benfica, as nossas sentidas condolências.


MAS

Eusébio: um dos maiores desportistas de sempre

Eusébio da Silva Ferreira era um menino negro e pobre de Lourenço Marques. O seu destino natural era ter continuado pobre e, quiçá, acabar a lutar na guerra colonial. Felizmente, para si e para nós, o formidável talento de Eusébio tornou-o mundialmente conhecido e um dos maiores desportistas de sempre.

É importante lembrar que Eusébio nasceu num Portugal atrasado, num regime ditatorial e colonialista. O conto de fadas do Pantera Negro foi de forma infame usada pelo Estado Novo para escamotear o profundo atraso em que afundou o país além do seu racismo visceral.

Anos mais tarde, Passos Coelho, chefe de um governo que condena milhares de portugueses à emigração e tantos outros ao desemprego, pobreza e precariedade, é visto na televisão nacional a acariciar a face do cadáver de Eusébio, numa torpe tentativa de identificação com o mito que lhe limpe a imagem que só pode provocar vergonha alheia.

Não reconhecemos Eusébio como símbolo político. A nossa homenagem ao ídolo serve para lembrar que as suas façanhas desportivas, que o colocaram no Olimpo do desporto mundial, são o objeto de sonho e culto de milhares de trabalhadores, de milhares de jovens e idosos. Os grandes desportistas e os seus feitos pertencem ao povo. Ao povo que hoje lhe presta homenagem e que tem nos seus ídolos não só "o ópio do povo", mas também "o suspiro do oprimido".

É preciso pugnar para que a memória coletiva o lembre como um ídolo do povo e pelos seus feitos desportivos. O aproveitamento político de governos que mais não fazem sem ser atacar a juventude, a cultura e o desporto deve ser, passe o lugar-comum, colocado fora-de-jogo.

M. N.

 

 


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