Fica assim desmontada, com factos e argumentos técnicos, a informação falsa divulgada através dos média, na voz da vereadora Helena Roseta, de que o edifício "corre risco de derrocada", e de que por isso precisaria de um "projeto de recuperação orçado num milhão de euros, que não pode ser financiado neste momento".
As áreas do edifício relatadas como sensíveis tinham já sido isoladas pelos ocupantes. O relatório torna claro que temos total capacidade para realizar as obras de rectificação que garantem a segurança e habitabilidade do edifício. Na verdade, essa reabilitação já está em curso desde a ocupação a 25 de abril, pelas nossas próprias mãos e sem um cêntimo que seja do orçamento camarário.
O relatório da inspecção pode ser consultado aqui.
A conclusão do relatório é a seguinte:
AVALIAÇÃO FINAL
A situação actual do edifício deve-se ao seu abandono durante anos. Uma acumulação progressiva de resíduos e lixo na rede de escoamento pluvial originou a acumulação de água em zonas pontuais, que está no origem das humidades e falhas locais na estrutura do edifício. Estas falhas não têm implicações na restante estrutura do edifício, permanecendo este estável e seguro nas zonas onde não se identificou humidade (como se demonstra no relatório).
Os edifícios são projectados para que neles se viva , as pessoas são tão importantes como os elementos estruturais, para que estes últimos se mantenham saudáveis. As pessoas são também um elemento construtivo. Um edifício vazio e abandonado gera deficiências significativas, como as que encontrámos neste, que não só prejudicam a sua estrutura, como poderá prejudicar a dos edifícios contíguos.
É necessário habitar este edifício para que se possa resolver o problema da humidade, para que a casa recupere a sua vida. A situação actual favorece a sua melhora, deixou de ser um ninho de humidade, sujidade e dejectos de pombo, que em pouco tempo afectaria a vizinhança, para ser uma oportunidade de regeneração construtiva e social.
A avaliação aqui descrita, assim como as obras de rectificação são as medidas mínimas necessárias para assegurar a segurança do edifício e permitir a sua habitabilidade, sendo posteriormente necessário uma reabilitação para melhorar as condições interiores, não sendo esta melhoria necessária estruturalmente.