Portugal é desde 1999, ano de adesão à moeda única, o quarto país da União Europeia em que o salário mínimo menos subiu no conjunto de 21 países comparáveis. Excluídos desta lista estão Alemanha, Aústria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia.
Nos últimos 16 anos, o valor do salário mínimo mensal – remuneração anual dívida pelos 12 meses do ano – aumentou apenas 232,45 euros para os atuais 589. Pior situação em termos absolutos só mesmo na Roménia, na Lituânia, na Bulgária e na Grécia.
Entre os 11 países que em 1999 tinham um salário mínimo nacional abaixo da média europeia, Portugal foi o único caso em que a diferença se ampliou. Apesar de países como a Bulgária e a Roménia terem registado aumentos absolutos inferiores, em termos relativos tiveram aumentos mais relevantes.
Para se entender melhor a evolução veja-se a situação no concreto. Em 1999, o salário mínimo português estava a 100 euros da média – 356,7 euros contra 457 – hoje já se encontra a 175 euros de distância, ou seja, em 2015 vale 77% da média, quando há 16 anos valia 78%. No caso romeno, a retribuição mínima passou de 6% para 28%, o mesmo se registou nos casos lituano e búlgaro.
Cada vez mais trabalhadores auferem salário mínimo
Em 2005 apenas 5% da força de trabalho ganhava o salário mínimo, quando este se fixava nos 375 euros. Até 2010 subiu mais 100 euros, altura em que passou a representar 8,7% dos trabalhadores.
Os dados mais recentes (abril de 2014) demonstram que a tendência de subida se manteve, correspondendo a 12,9% da população ativa empregada.