A 15.ª Marcha do Orgulho LGBT, que percorreu as ruas entre o Jardim do Príncipe Real e a Praça da Figueira, em Lisboa, foi convocada por 13 associações, grupos informais e organizações não-governamentais que integram ativistas de diversas áreas dos direitos humanos.
Esta marcha visou "mostrar que existimos, que somos pessoas visíveis e que não vamos ficar passivos enquanto as pessoas não respeitarem os direitos que também são nossos", frisou David Pinto, porta-voz da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O ativista garantiu ainda que continuarão a "lutar pela justiça, pela liberdade, pela igualdade – pela diversidade, essencialmente".
Margarida Faria, da AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual), afirmou, por sua vez, que foi uma "festa da visibilidade" e que "é importante que as pessoas apareçam e se mostrem, porque a sociedade quer que as pessoas se escondam e quer imprimir um cariz de vergonha e de invisibilidade".
Na marcha participou também a recém criada associação Happier Teens, que acolhe jovens expulsos pelos pais devido à sua orientação sexual, e que foi representada pelo ator Ângelo Rodrigues.
"Uma luta de sempre, que é para continuar"
A deputada Cecília Honório afirmou à agência Lusa que esta é "uma luta de sempre, que é para continuar". "Esta é uma grande manifestação da 'Diversidade contra a Austeridade' e é uma grande manifestação de todas as vozes dessa diversidade contra os silêncios que fazem legitimar tantas e tantas formas de discriminação contra a população LGBT", avançou.
A dirigente lembrou que, recentemente, "uma maioria parlamentar votou contra a legitimação dos direitos das crianças de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo" e frisou que "o direito à adoção por casais homossexuais continua na ordem do dia".
"Nós vamos continuar esta luta, vamos voltar a apresentar esta iniciativa legislativa, não vamos desistir, porque estivemos desde sempre empenhado em direitos iguais de todas as pessoas – e por isso estamos cá hoje", garantiu.