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jvePortugal - Avante! - As acções que a Interjovem, a CGTP-IN e os sindicatos vão levar a cabo na próxima semana, sob o lema «Juventude em Marcha – Trabalho com Direitos! Contra a precariedade e exploração», visam esclarecer o maior número possível de jovens trabalhadores, consolidar uma intervenção consistente junto da juventude e mobilizar para a manifestação nacional de 28 de Março. Em declarações ao Avante! sobre esta iniciativa, que começa na segunda-feira, 23, Filipa Costa e José Correia dão o mote que os traz à luta – «Não somos juventude resignada».


As acções que a Interjovem, a CGTP-IN e os sindicatos vão levar a cabo na próxima semana, sob o lema «Juventude em Marcha – Trabalho com Direitos! Contra a precariedade e exploração», visam esclarecer um grande número de jovens trabalhadores, consolidar uma intervenção consistente junto da juventude e mobilizar para a manifestação nacional de 28 de Março, como ao Avante! explicaram Filipa Costa e José Correia.

O encerramento vai ocorrer no Dia Nacional da Juventude, que desde há alguns anos é assinalado pelo movimento sindical unitário com uma manifestação onde o destaque é dado aos problemas que mais afectam os jovens que trabalham nos diversos sectores de actividade e com variados vínculos laborais, ou que estão desempregados. A preparação desta «marcha» de acções descentralizadas tem decorrido, em simultâneo com a actividade diária e com a mobilização para jornadas de maior dimensão, desde que a decisão foi aprovado pelo Conselho Nacional da CGTP-IN, a 29 de Janeiro.
Filipa Costa, coordenadora da Interjovem e dirigente do CESP (sindicato do sector do comércio, escritórios e serviços), integra a Direcção Nacional da JCP. José Correia é responsável pela área da juventude trabalhadora na organização distrital de Lisboa da Juventude Comunista Portuguesa. Numa breve conversa sobre a marcha que começa dia 23, segunda-feira, falaram da actividade realizada nos últimos tempos, dos problemas que são detectados em empresas e serviços, do esforço de informação e consciencialização dos jovens e da sua organização para a luta colectiva, a que as iniciativas em preparação para a próxima semana vêm dar seguimento.

Empresas
no centro

Nas diferentes regiões e sectores vai ser comum apontar o foco aos locais de trabalho, com a realização de plenários e reuniões e com brigadas sindicais reforçadas para distribuição de documentos e contacto com trabalhadores. Em articulação com os sindicatos, foram definidas prioridades, considerando o número de jovens e o seu peso no total de trabalhadores, a gravidade dos ataques patronais a que estão sujeitos e ainda as proporções que atingem os vínculos de emprego precários.
No prospecto da JCP a mobilizar para dia 28 atribui-se um número à precariedade: 55,7 por cento dos trabalhadores com menos de 25 anos têm contratos precários. A Interjovem pretende dar mais amplitude à campanha «Alerta», lançada no Verão passado e no quadro da qual, por exemplo, o STML/CGTP-IN denunciou recentemente o elevado número de cantoneiros a recibo verde nas juntas de freguesia de Lisboa. Foram feitos outros alertas, em empresas como a SPdH, a logística do Grupo Jerónimo Martins, a Bosch Car Multimedia, a Delphi e outras empresas de Braga ou, ainda antes, a Portugal Telecom, a SP Televisão... Na semana passada, realizaram-se iniciativas em quatro centros de atendimento (call centers) onde a multinacional Teleperformance é usada para colocar trabalhadores com contratos de sete dias. «Tinham sido despedidos 40 há pouco tempo e ontem lá estavam a chegar novos para formação», relatou-nos Filipa Costa, que horas depois iria participar num plenário do pessoal do centro de logística da Sonae, na Azambuja.
A precariedade de emprego, com consequências agravadas por causa do elevado desemprego, é um tema que «está sempre nos cadernos reivindicativos», exigindo-se que seja respeitada a regra de que um posto de trabalho permanente deve ser ocupado por um trabalhador com vínculo efectivo.
A Interjovem e a JCP, como salientaram Filipa e José, valorizam junto dos jovens os vários casos em que foi conseguido que trabalhadores com contratos a termo ou temporários não fossem despedidos e fossem mesmo reintegrados nos quadros como efectivos.
A precariedade, ressalvam, já não afecta apenas jovens e, nas próximas lutas, são chamados a participar todos os trabalhadores, também como demonstração de solidariedade.
Para esta semana de «Juventude em Marcha» é trazida a reivindicação de aumento dos salários, a par da exigência de respeito pelos direitos. Nas empresas, «jogam com a grande necessidade das pessoas, e o Governo permite as maiores aberrações ao patronato», protesta Filipa, depois de descrever as condições laborais nos armazéns da Sonae na Azambuja. Aqui, ocorreu uma primeira greve no dia 13 de Novembro (dia nacional de luta da CGTP-IN), mas na reunião que aceitou ter com o CESP, na semana passada, a administração não respondeu às reivindicações. Uma nova resposta de luta deverá ser dada pelos trabalhadores na semana da «marcha».
«Não somos juventude resignada», diz Filipa, com a alegria bem assente nos muitos casos que conhece e na confiança de que, com uma acção persistente e consistente, muitos outros jovens vão tomar também o caminho da unidade, organização e luta, em defesa dos seus direitos e interesse de hoje e por um futuro melhor para todos.

As «etapas»

Não se tratando, assumidamente, de uma volta em caravana a percorrer o País, as iniciativas da «Juventude em Marcha» têm um programa que está ainda a ser ultimado pelos sindicatos e que, em cinco dias, vai abarcar todos os distritos:

– dia 23, segunda-feira, em Lisboa e Faro;
– dia 24, terça-feira, em Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança e Beja;
– dia 25, quarta-feira, em Viseu, Guarda, Castelo Branco, Évora e Portalegre;
– dia 26, quinta-feira, em Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém;
– dia 27, sexta-feira, em Setúbal e no Porto.

No Dia Nacional da Juventude, 28 de Março, a concentração em Lisboa está marcada para as 14h30, na Praça da Figueira, de onde a manifestação seguirá para o Camões.

Nós!

«Nós não aceitamos que o desemprego e a precariedade queimem os nossos sonhos, o medo quebre o nosso futuro, a austeridade esmague o nosso presente.
Temos direito a trabalhar, viver e ser felizes no nosso país!
Exigimos emprego seguro, melhores salários e mais direitos!Exigimos que as nossas habilitações e competências sejam valorizadas e a actividade profissional dignificada!
Sabemos que vale a pena lutar, que unidos vamos conseguir uma vida melhor!»

Do «Manifesto» da Interjovem para 28 de Março


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