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010215 tapPortugal - Portal Anarquista - Este sábado realizou-se uma manifestação em Lisboa contra a privatização da TAP.


 Solidários com os trabalhadores e com a função social da empresa, os anarquistas não consideram que a privatização seja uma solução, mas também criticam a gestão estatal, entregue aos partidos políticos e à sua casta de boys e girls. Defendemos, por isso, a socialização – e não a estatização – deste tipo de grandes empresas.

Os anarquistas são contra a propriedade privada dos meios de produção. Entendemos que a riqueza criada duma forma colectiva deve ser gerida e distribuída também de uma forma colectiva.

Embora sendo os anarquistas contra a propriedade privada, a tutela pelo Estado das empresas ou das grandes corporações também não nos parece ser uma boa solução. A estatização das empresas e a gestão estatal, com administrações nomeadas pelos governos, entregues à lógica política dos boys e das girls em representação dos partidos políticos, na maior parte dos casos sem a mínima noção dos sectores que vão gerir – ou, se a têm, estão mais interessados em tirar dividendos partidários -, tem sido, como se comprova em Portugal, uma porta aberta para as privatizações.

Defendemos, por isso, a socialização das grandes empresas, sobretudo em sectores estratégicos, com uma gestão em que os seus trabalhadores estejam fortemente representados, mas também com representação dos sectores com elas directamente relacionados.

Dito isto, fácil é perceber que estamos contra a privatização da TAP, mas também estamos contra a gestão que os partidos políticos, através do Estado, têm feito desta empresa de comprovado interesse nacional. Como de outras, aliás, que o Estado tem usado a seu belo proveito, delapidando-as e usando-as para colocar pessoal político ou para delas tirar dividendos de todo o género.

Parece-nos, por isso, que a socialização e o controlo da TAP pelos seus trabalhadores e a sua definição estratégica, tendo em vista os interesses globais da sociedade e não das gestões partidarizadas que têm controlado a empresa, seria uma mais-valia, mesmo no quadro da sociedade actual.

Dada a correlação de forças hoje existente em Portugal, que afasta essa possibilidade, a alternativa apenas se coloca entre privatização e manutenção nas mãos do Estado.

A manutenção da empresa na esfera do Estado representa um mal menor que, no entanto, nas condições específicas dos trabalhadores da TAP e no interesse dos utentes em geral, pode significar alguma diferença e que nos faz – enquanto anarquistas – optar pela defesa da continuidade da presença do Estado na companhia aérea de bandeira portuguesa. Da sua privatização poderia resultar uma situação ainda pior – para os trabalhadores e para os utentes – do que aquela que existe hoje com o Estado a tutelá-la.

Por isso estamos solidários nas várias formas de luta encetadas para manter a companhia afastada da privatização, mas não nos revemos na "santa aliança" que saiu em defesa da TAP pública e que reúne gente de todos os sectores: da máfia fascista, desde sempre ligada à gestão do aparelho de Estado, às novas castas burocráticas empenhadas em defender os seus pequenos quintais de poder.

Defendendo a TAP pública apelamos aos seus trabalhadores para que, de facto, não TAPem os olhos: a gestão pelo Estado pouco difere da gestão pelos privados e, por isso, é necessário que sejam criadas estruturas, nomeadamente sindicatos de outro tipo, empenhados na mudança social, com capacidade de gestão por parte dos trabalhadores das grandes empresas, social e economicamente relevantes. E a TAP é uma dessas grandes empresas.


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