A linha de saúde 24 prepara-se para abrir um novo centro em Coimbra, como reforço para dar resposta ao pico da gripe, contratando 60 enfermeiros a falsos recibos verdes. Isto acontece após inspecções da Autoridade para as Condições de Trabalho, de existir um relatório da mesma entidade que refere que existem indícios de trabalho dependente, e de a empresa Linha de Cuidados de Saúde se ver a braços na justiça com centenas de casos de reconhecimento da relação laboral.

Em Janeiro de 2014 foram também contratados 63 enfermeiros, mas não foi como reforço para a pandemia da gripe, mas antes para substituir as 65 vozes incomodas que se insurgiam a reclamar os seus direitos.
A empresa prefere gastar milhares em tribunal do que reconhecer os direitos dos enfermeiros e enfermeiras que trabalham nesta linha. Pretendem continuar a dissimular a verdade, mentir e gastar mais em advogados do que regularizar a situação dos trabalhadores. Não existe orçamento para pagar condignamente a estes profissionais de saúde, mas existe orçamento para grandes empresas de advocacia e consultadoria.

A precariedade continua a perpetuar-se na Linha de Saúde 24, sem existir a mínima preocupação por parte do Ministério da Saúde, mantendo-se alheio de um serviço público gerido por uma administração que ataca os seus trabalhadores e trabalhadoras, apenas porque pretendem ver reconhecidos os seus direitos.
Dentro de 10 dias será accionado mais um centro de ilegalidades e perpetuação da precariedade em Coimbra.