Foto de Aero Icarus (CC by-nc-sa/2.0)
Dia 30 de novembro foi a greve dos tripulantes da TAP, que já tinham realizado a primeira paralisação nos dias 30 de Outubro e 1 de Novembro, e que se irão repetir já no próximo dia 2 de Dezembro. Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo de empresa, nomeadamente relativamente a descansos e cumprimento dos direitos das mães, bem como a reposição de direitos retirados pelo atual governo, como consequência das medidas de austeridade.
Este dia 1 de dezembro foi a vez dos trabalhadores do handling - serviços prestados em terra de apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio – que juntou pela primeira vez as duas empresas do sector: a Grounforce e a Portway. Estes reclamam um contrato coletivo para o sector do handling, que proteja as suas profissões e carreiras contra os salários cada vez mais baixos, contra a proliferação de empresas prestadoras de serviços no sector e a crescente precarização laboral.
Além disso, desde a entrada da Troika em Portugal, o governo alienou o seu capital em 14 empresas. A TAP será a ultima das grandes empresas a entrar em processo de privatização, uma empresa com grande história e reconhecimento internacional no sector. Esta empresa é ainda a maior exportadora nacional, garantindo cerca de 7 mil postos de trabalho diretos e mais alguns milhares indiretos. A sua privatização significa uma grande perda não apenas na economia nacional – nomeadamente no turismo – mas coloca também na ordem do dia a possibilidade de destruição da companhia e a sua divisão em várias partes, com consequências brutais na desregulamentação do sector e nos direitos dos trabalhadores.
A greve das tripulações da TAP e a greve unitária das duas empresas de Handling mostram o inicio do caminho que é necessário percorrer. Apenas a unidade e a luta dos trabalhadores poderão travar que aconteça à TAP o mesmo que se passa com a PT.