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141114 faixaPortugal - Avante! - Os grandes grupos acumulam lucros, mas os trabalhadores empobrecem.


Determinantes na posição da associação patronal APED, os dois maiores grupos da grande distribuição comercial têm hoje à porta das suas sedes acções sindicais a exigir aumento dos salários e negociação do contrato colectivo.

A jornada que o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) promove hoje, em Lisboa, no Porto e também na Azambuja, integra-se no «dia nacional de indignação, acção e luta» e dá seguimento a outras iniciativas mais recentes, para levar as empresas e a APED a cumprirem o direito à negociação colectiva e a aceitarem um justo e necessário aumento geral dos salários.
Às 11 horas, activistas sindicais e trabalhadores do sector concentram-se junto à sede da Sonae, na Maia (grupo que possui os hipermercados Continente). Pelas 14h30, em Lisboa, realiza-se outra concentração, frente à sede social do Pingo Doce (e também do Grupo Jerónimo Martins, de que faz parte a rede de supermercados), na Rua Actor António Silva. No Pólo Logístico Sul da Sonae (Modelo Continente e Retalho Especializado), na Azambuja, foi convocada greve para o período entre as oito e as dez horas, com concentração do pessoal à entrada dos armazéns.

Durante o mês de Setembro, o sindicato tinha já realizado acções junto de algumas lojas do Pingo Doce, no distrito do Porto. Esta segunda-feira, dia 10, ocorreram protestos à porta de dois estabelecimentos da mesma insígnia, em Lisboa.

Nos protestos de hoje, o sindicato e os trabalhadores vão chamar a atenção para as responsabilidades que o Continente e o Pingo Doce detêm na associação patronal (em cuja direcção ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente), exigindo-lhes que intervenham para pôr fim à recusa de aumentos dos salários contratuais, que vem desde 2010. No Norte, o CESP afirma que não há quaisquer aumentos salariais desde 2012 na generalidade das empresas do sector.

Contudo, protesta o sindicato nos documentos que divulgou aos trabalhadores e à comunicação social sobre as acções de hoje, as empresas da grande distribuição «neste período reduziram milhares de trabalhadores, aumentaram os ritmos, cargas e horários de trabalho, vendas e produtividade», e algumas «até bateram recordes de lucros».

É neste quadro que o CESP considera «justo e necessário um aumento geral dos salários e subsídios, nas grandes cadeias de supermercados, hipermercados e lojas especializadas da grande distribuição, que compense as perdas dos últimos anos, reponha poder de compra, distribua a produtividade e a riqueza, coloque mais dinheiro na mão dos trabalhadores para poderem consumir mais, fazer crescer vendas e produção e para defender e aumentar o emprego».

Face à posição da APED, o sindicato apelou ao desenvolvimento da acção reivindicativa a nível de cada empresa e local de trabalho, quer para exigir respostas e soluções, quer como forma de alterar a posição patronal na negociação do contrato colectivo.

Nos entrepostos da Azambuja, a greve visa protestar ainda contra o facto de a Sonae estar há dois anos sem dar resposta a um conjunto de reivindicações, relativas a aumentos salariais, reclassificações profissionais, pagamento do trabalho suplementar e passagem de trabalhadores temporários e contratados ao quadro de efectivos, já que desempenham tarefas permanentes.


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