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130914 precPortugal - ACP-PI - O anúncio do Governo de que entregará às empresas de trabalho temporário os desempregados inscritos no IEFP confirma que, depois de criar a mais elevada taxa de desemprego da História do país, o executivo CDS-PSD quer fechar o ciclo da precarização total, entregando os mais de um milhão de desempregados a multinacionais privadas especializadas na exploração máxima com trabalho ultra-precário, de curta duração e salários de fome.


Depois de três anos de políticas activas de destruição do emprego em Portugal, criando os mais elevados níveis de desemprego da História da Democracia em Portugal, situação coincidente com o aumento da área de negócios das empresas de trabalho temporário (ETT), o Governo privatiza o futuro de milhares de desempregados, entregando-os definitivamente à iniciativa privada e ao negócio da exploração laboral intensiva e de curta duração.

Há poucos meses o relatório do "Provedor" do Trabalho Temporário, o deputado do PS Vitalino Canas, foi apresentado na presença do Secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, e do Presidente da Associação das Empresas de Trabalho Temporário, e concluía uma queda nos magros salários dos trabalhadores temporários de 2011 para 2012, enquanto aumentava o número de pessoas nesta condição. O embaixador das ETT não teve a coragem de dizer que esse aumento era positivo, destacando que a queda de 20% nas queixas contra as empresas de trabalho temporário se devia à resignação, às dificuldades económicas destes trabalhadores e ao medo de perderem os seus empregos.

O recurso a empresas de trabalho temporário é um expediente utilizado apenas para que quem necessita trabalho fique exposto a empresas que fazem negócio dos buracos legais existentes nas leis laborais. Adecco, Kelly Services, Manpower, Randstad, Multipessoal, Tempo Team, Egor e Synergie são apenas algumas das empresas representadas em Portugal pela APESPE e a nível europeu pela EUROCIETT cuja actividade económica é garantir salários de miséria, contratos de curta duração e desresponsabilização das empresas contratadoras. Estas empresas não têm qualquer razão de existir, já que a distribuição de pessoas, que supostamente fariam raramente existe e o que as sustenta é a captura de fatias salariais que em alguns casos ultrapassam os 60% do salário pago pelas empresas nas quais as pessoas de facto trabalham.

O ministério de Pedro Mota Soares, que foi sucessivamente introduzindo estas empresas privadas no IEFP, substituindo e despedindo os trabalhadores que asseguravam os serviços, quer agora fechar o ciclo: o serviço público que acompanhava as pessoas desempregadas, depois de desmantelado pelo Governo, é agora concessionado às ETT que receberão de mão beijada mais de um milhão de pessoas no desemprego para dinamizarem o seu negócio de se aproveitarem da miséria alheia.

A maioria do trabalho temporário, promovido pelas empresas a quem o governo quer entregar os desempregados, é falso trabalho temporário, ilegal. Apesar disso, o governo anunciou a entrega do IEFP às multinacionais privadas de trabalho temporário. A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis tudo fará para deter esta proposta que apenas agrava a precariedade, usando o desemprego como negócio e os desempregados como mercadoria.


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