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DuraoBushMerkelPortugal - Mudar de Vida - [Pedro Goulart] Em entrevista à SIC e ao Expresso, o actual presidente da Comissão Europeia “descobriu” recentemente, em público e convenientemente, várias coisas:


– que, quando era primeiro-ministro (2002 a 2004), chamara três vezes Vítor Constâncio a São Bento para saber se aquilo que se dizia do BPN (banco onde dominava a gente do PSD) era verdade – isto, enquanto o próprio Barroso não prestou quaisquer informações do tipo à primeira comissão parlamentar de inquérito a este caso;
– que, a propósito dos atingidos pelas medidas governamentais e subscritores do Manifesto pela Reestruturação da Dívida, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix (seus ex-ministros), estes eram da classe média ou média-alta – a mesma classe dele, diga-se – e que, como tal, reagiam assim aos cortes;
- que, e referindo-se à austeridade imposta a Portugal pela troika e pelo governo de Passos Coelho, tinha avisado o primeiro-ministro que há limites políticos e sociais para uma certa política. Aqui não é impossível que o tenha feito. Barroso hoje diz uma coisa e amanhã o seu contrário. Mas, neste caso, geralmente disse o contrário.

Ora, verdade ou mentira alguma das coisas que agora afirma, e independentemente das qualidades ou das responsabilidades dos indivíduos por ele referidos, Barroso o que faz hoje é tentar branquear-se, provavelmente visando uma próxima candidatura à Presidência da República ou (talvez, menos provável) algum voo internacional que almeje. Sempre oportunista! Mas, apesar de algumas memórias serem curtas, actualmente é notória a falta de credibilidade de Durão Barroso.

Continuando a falar do actual presidente da Comissão Europeia, recordemos que este é o mesmo homem que foi anfitrião na cimeira das Lajes, em 2003, onde participaram os criminosos de guerra George Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, cimeira que iria culminar com um ataque militar ao Iraque e prosseguir com uma sangrenta guerra que matou milhares de seres humanos e destroçou um país. Não esqueçamos, também, que para justificar a sua pesada responsabilidade, Barroso afirmava na altura, categórico, à laia de Bush, Blair e Aznar, ter visto os documentos que provavam a existência de armas de destruição maciça no Iraque. Como sabemos, armas que nunca apareceram!

Para contextualizar a actuação de Barroso, para além do papel desempenhado quando primeiro-ministro de Portugal, é indispensável ter seguido com atenção o seu comportamento no evoluir da crise europeia, assim como as declarações e práticas actuais de alguns dos seus pares, gestores do capital na Europa comunitária: Ângela Merkel, Wolfgang Schäuble, François Hollande, Durão Barroso, Mariano Rajoy, Passos Coelho e outros. Um nojo! Mas isso é o capitalismo, hoje. Não haja ilusões. Em Portugal e na União Europeia é gente desta – oportunista, sem escrúpulos e autoritária – que, nos governos, nos aparelhos de estado e nos órgãos comunitários, condiciona a vida dos homens, facilita ou gere os negócios do capital, dirigindo a exploração das classes trabalhadoras e impondo o empobrecimento da maioria do povo, a favor do patronato e da acumulação capitalistas.


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