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manifeptPortugal - Vermelho - [Moara Crivelente] Na 11ª visita de avaliação a Portugal, o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu – a troika de credores que vem minando o Estado de bem-estar social na Europa com medidas de arrocho incisivas – criticou o país em diversos pontos. Os enviados da troika deixam Portugal enquanto, na quinta-feira (27), os trabalhadores saíram às ruas novamente para pedir a demissão do governo.


"O rumo insustentável imposto ao país tem de ser travado, derrotado e invertido," afirma a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), na convocatória das novas manifestações, nas três maiores cidades portuguesas.

O programa de arrocho fiscal e econômico imposto pela troika e acatado por um governo de direita, em Portugal, reflete as consequências recorrentes da crise internacional do capitalismo, quando as instituições financeiras de "resgate" tomam a decisão de poupar setores privados e elites e cobrar ao povo a conta da recessão.

É esta a denúncia reiterada e firme dos partidos de esquerda em Portugal e outros países afetados profundamente pelos planos condicionantes que acompanham os pacotes bilionários transferidos pelos credores às economias afetadas pela crise. Não para alimentar os cidadãos, mas para garantir os benefícios privados, que são postos como necessários para a geração de emprego nestes países. O que não tem se verificado.

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos apresentou um documento onde a central desenvolve a ideia-chave da sua apreciação: "Os dados, os fatos e a generalidade dos números confirmam que estamos perante um programa que não só coloca o país numa situação de insustentabilidade económica, financeira, social e demográfica, como põe em causa direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Carta Social Europeia."

Plano de arrocho

O programa, composto de inúmeras políticas econômicas de austeridade, deve ser encerrado em 17 de maio, mas os avaliadores da troika parecem ter decidido que Portugal ainda não será liberado. Assim como o próprio governo português, que não corresponde às reivindicações populares por uma alternativa ao arrocho, a troika reflete uma situação de ataque frontal à democracia, impondo aos portugueses um remédio amargo sem fim e sem resultados positivos.

O discurso do governo do Partido Socialdemocrata (PSD) é o de que a situação fica em suspenso, ou que "tudo está em aberto", conforme afirma o jornal. Segundo observadores nacionais, 17 de maio seria apenas uma data política, enquanto o programa de austeridade, firmado entre o governo do Partido Socialista (PS) e a troika em 2011, só termina mesmo após o último pacote econômico, um empréstimo de 78 bilhões de euros (R$ 250 bilhões).

Cabe ressaltar que as eleições no país estão previstas para 25 de maio. Desde a assinatura do que a esquerda chama de "pacto de agressão" contra o povo, naquele ano, a troika realiza visitas de avaliação trimestrais, cuja 12ª e última deve acontecer justamente no final do programa, que ocorrerá ou não de acordo com as conclusões dos avaliadores.

Frente a esta submissão destrutiva relação às determinações da troika, movimentos de esquerda e o Partido Comunista Português exigem a demissão do governo, em protestos e intervenções frequentes, para a construção de uma alternativa que não seja baseada no empobrecimento profundo do povo.


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