A central sindical convoca também iniciativas de protesto a culminarem numa ação nacional de luta a 19 de outubro, contra a política de austeridade do governo PSD/CDS-PP.
O conselho nacional da CGTP propõe que o salário mínimo nacional (SMN), que é atualmente de 485 euros, seja aumentado para 515 euros ainda em setembro e para 550 euros em janeiro de 2014. As propostas do conselho nacional da CGTP foram divulgadas em conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira.
Segundo a Lusa, o secretário-geral da CGTP disse que "os trabalhadores que auferem o SMN já perderam, desde janeiro de 2011, 510 euros, o que corresponde a mais de um salário" e lembrou que o acordo de concertação social assinado em 2006 previa que o SMN chegasse a 500 euros em janeiro de 2011, o que não aconteceu até agora.
Para 2014, a CGTP reivindica ainda a atualização das pensões, a restituição dos subsídios de férias, a redução do IRS e a revogação das alterações que foram feitas ao Código do Trabalho. A central sindical defende também o combate ao desemprego e à precariedade, a melhoria da proteção social, a reabilitação urbana, o aumento da produção nacional e o fim dos ataques aos trabalhadores da administração pública.
Arménio Carlos disse que "estas reivindicações são possíveis de concretizar e são necessárias às famílias e ao desenvolvimento do país" e anunciou que a CGTP está a preparar propostas para "uma verdadeira reforma fiscal", considerando que o governo não pode apenas baixar o IRC.
O conselho nacional da central sindical decidiu também marcar ações de protesto para o mês de outubro.
Arménio Carlos declarou na conferência de imprensa: "Perante um Orçamento do Estado que se perspetiva que vá agravar os cortes nas áreas sociais e na administração pública, os trabalhadores precisam de dar uma resposta muito determinada ao que está em marcha, por isso o conselho nacional da CGTP marcou uma grande ação nacional de luta, com enorme expressão de rua, para 19 de outubro em local a decidir".
Ainda antes de 19 de outubro, a CGTP vai promover um "dia de esclarecimento e mobilização nos locais de trabalho", a 1 de outubro, e um dia de "protestos variados", a 5 de outubro.
"A prioridade máxima da CGTP e dos seus sindicatos é responder aos problemas dos trabalhadores e tentar resolver os seu problemas", disse Arménio Carlos, que defendeu a demissão do governo PSD/CDS-PP. "O Governo deve sair porque as suas políticas estão a prejudicar o país e os portugueses", sublinhou o secretário-geral da CGTP.