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200413 setubalPortugal - Indymedia - Não comemoramos a escravatura do trabalho. Trabalhamos para combater a escravatura.


1º de Maio é luta e auto-organização // Pela liberdade, pela autonomia

Comemorar o trabalho é hoje mentires-te a ti próprio. Ele é hoje escravatura declarada e como se não bastasse vem acompanhado de violentas baixas de salários, perdas de direitos e degradação fulminante das condições em que o fazemos. Embora seja cada vez mais comum assistirmos a protestos nas ruas em resposta a esta situação e a tantas outras, é também mais perigoso fazê-lo pois o Estado e as entidades patronais estão à espreita para te lançarem a
mão mal abras a boca.

Os tempos que vivemos são incertos mas ao mesmo tempo ajudam-nos a ver as verdadeiras facetas do poder. A degradação de todos os aspectos da vida levam muitos ao desespero e daqui para a frente sabemos que as condições dessa mesma vida vão piorar. O Estado social, grande conquista do séc.XX, torna-se o grande falhanço do séc XXI. Os banqueiros, quais sanguessugas, levam a cabo um saque generalizado à sociedade. Os políticos, sujeitos a um descrédito total nas ruas continuam a inventar reformas, a pedir mais impostos. Os partidos e os sindicatos, comprometidos com a sua profunda vontade de tornar os protestos sociais em marchas fúnebres esperneiam perante a facilidade com que o seu poder é posto em causa nas ruas. A história deste tempo pode ser imensa mas arriscamos um resumo: A democracia e o capitalismo, sonhos perdidos de uma revolução de canos entupidos, é hoje uma anedota que insiste em não admitir a falência do seu modelo económico, social e politico. Perante isto, e na eminência de uma falência generalizada, emerge o fascismo mascarado de economia patente nas medidas da tróika, no aumento do controlo social, no armamento da policia, na perseguição a quem protesta ou na obrigação de mais horas de trabalho por menos dinheiro.

O sistema quer, a todo o custo, manter-se activo e lixar-nos a vida.

Portanto, ansiamos por outra forma de viver. A grande chantagem a que todos estamos sujeitos (trabalhar ou morrer de fome) dá-nos mais razões para procurar formas de construir um mundo sem explorados nem exploradores. Queremos construí-lo com todos os que estiverem dispostos a lutar por uma vida digna, sem partidos a controlarem-nos a revolta e a vontade de ser livres. Estamos fartos das suas lenga-lengas que soam sempre a mentiras para que se morda mais uma vez o rabo da pescada.

Queremos trabalhar, mas não para levar o planeta à sua destruição, queremos trabalhar para livrar os nossos filhos da miséria crescente que está à nossa frente todos os dias! Queremos trabalhar para nós mesmos, para os nossos amigos, família, bairro, cidade.. e mais que isso para destruir o conceito de trabalho que nos impingem.

Hoje, mais que nunca, os tempos são frutíferos para muitas coisas diferentes. Atacar esta ordem e este sistema leva-nos a experimentar como viver sem eles. No 1o de Maio apelamos a uma mobilização pelas ruas de Setúbal em protesto não só contra a violência dos patrões mas contra a violência do Estado, da economia e das forças da autoridade que os defendem. Queremos lembrar-lhes que existe resistência. Propomos também uma assembleia popular com microfone aberto onde publicamente possam surgir propostas de luta e de acção.


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