Além das centenas de estivadores portugueses que marcharam pela capital, delegações sindicais doutros países europeus marcaram presença para mostrar a solidariedade com a luta dos trabalhadores portugueses, que já se prolonga durante mais de três meses.
A perda de direitos que vai supor a nova legislação aprovada, inspirada nas reformas do mercado laboral aprovadas no Estado espanhol, Bélgica e Alemanha, está a ser contestada de maneira enérgica pelo pessoal portuário português, que garantiu a continuidade da luta fosse qual fosse o resultado da votação no interior da Assembleia da República.
Além de belgas e espanhóis, trabalhadores do Chipre, Dinamarca, Finlândia e Suécia marcharam junto aos português pelas ruas de Lisboa até à escadaria exterior do Parlamento, protegido por numerosos polícias.
A luta do setor dos estivadores tenciona travar a aplicação de um novo regime para o trabalho portuário, que precarizará as suas funções, porá em risco os seus empregos e tornará os portos mais inseguros, permitindo que pessoas sem qualificações específicas possam trabalhar na estiva.
Mais uma vez graças ao trabalho do repórter gráfico Luís Nunes, o Diário Liberdade pode oferecer uma ampla reportagem fotográfica da manifestação decorrida nesta quinta-feira em Lisboa, sobre cuja convocatória e reivindicações já informámos ontem de maneira exaustiva.