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Portugal - Diário Liberdade - [Emílio Cambeiro para o Diário Liberdade] Resulta uma vergonha ver como neste 1 de maio, dia de comemoração dos direitos do trabalhador, direitos conquistados por múltiplas gerações de trabalhadores em todo o mundo e que na atualidade estão a ser roubados com toda impunidade pelas classes dirigentes. Cada dia acordamos com funestas novas de novos cortes.


Sejam estes em sanidade, educação, prevenção de riscos de catástrofes ambientais, na carga de trabalho semanal, em facilidades de despedimentos, em privatizações de todo o tipo, em perda das pagas extra… perante estes recortes sociais podemos ver a outra cara da moeda. Podemos ver como os grandes dirigentes a nível mundial, a banca e mais o sector privado, cada ano estão a se lucrar de um jeito amoral, aproveitando-se sempre da classe menos favorecida e criando a passos agigantados um descenso da classe média.

Neste dia decidi participar numa das tantas manifestações que se celebraram em todo o mundo em homenagem a estes direitos conseguidos no decorrer da historia pelas classes menos favorecidas. Concretamente na cidade de Lisboa.

A cita dos trabalhadores começava na Praça de Martim Moniz e decorria por toda a Avenida Almirante Reis até chegar à Alameda. Surpreendeu-me gratamente a quantidade de pessoas presentes amossando a sua desconformidade perante as medidas de um Governo títere dos mercados e multinacionais, governo este eleito pelo povo ao qual está claramente a atraiçoar, obviando uns valores e uns deveres naturais de defesa da cidadania e dos seus direitos.

Já quase no final da marcha, moi perto da Alameda, surpreendeu-me ver uma grande quantidade de gente amontoada à entrada de um Supermercado Pingo Doce estando as portas fechadas ao público.

Surpreendeu-me também ver ali fora um pequeno cordão policial integrado por uns seis ou sete policias. Como não pude ver nada em concreto decidi continuar a marcha até o ponto de encontro, onde permaneci um tempo. Quando decidi deixar já a manifestação realizei o mesmo caminho de volta, e foi nesse momento quando pude comprovar o que se passava na loja. Os supermercados Pingo Doce decidiram abrir pela vez primeira no 1 de maio, e para celebrar tão macabra decisão ofertavam um desconto do 50% nos seus produtos se a compra era superior aos cem euros.

Antes de volver para a casa dei um cumprido passeio pela cidade, onde pude ver muitas pessoas a carregar carrinhos e sacos com todo tipo de produtos aparentemente comprados nas lojas Pingo Doce de Lisboa. Ao chegar à casa pude comprovar pela net que a oferta do Supermercado foi realizada a nível nacional, e que em todo o país a população acudiu em massa atendendo ao reclamo da suculentíssima promoção.

Non culpo disto à maioria das pessoas que ali se dirigiram para se beneficiar do desconto oferecido  nas lojas do grupo inversor Jerónimo Martins. A moitas destas pessoas bem seguro que tal promoção lhe pode facilitar enormemente o seu dia a dia, e a ideia pareceria-me totalmente plausível se no de agora em diante todos os primeiros de mês as lojas do Grupo Jerórino Martins aplicaram tal promoção. Mais o que realmente fez esta cadeia foi rir na cara de toda a população, aproveitando-se da necessidade de famílias inteiras que acudiram ao reclamo das misérias que oferece o Capital.

No de agora em diante o único prejudicado pela decisão de oferta da multinacional da alimentação aparentemente sou eu mesmo. Tenho uma teima que não consigo desfazer-me dela com o passo dos anos. É mais, esta minha teima agudiza-se. Tenho por bom costume deixar de acudir a diferentes estabelecimentos ou comprar certas cousas por uns ou por outros motivos. E o meu problema é que a loja mais próxima da minha casa é o Pingo Doce, loja que não volverá ver um cêntimo meu até que todos os primeiros de cada mês non ofereça o desconto do 50%. Pois há coisas com as que não se deve brincar, e tristemente nos últimos tempos são muitos os que estão a ultrapassar a raia.

 


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