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050515 gatunosPortugal - Jornal Mudar de Vida - [Pedro Goulart] Dizia Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler, na Alemanha Nazi, que “uma mentira mil vezes repetida torna-se verdade”.


 Parece ser este o lema dos actuais governantes. Não é fácil encontrar um governo do capital, daqueles que têm governado Portugal nas últimas décadas, mesmo descontando algumas das suas habituais promessas eleitorais, que consiga ser mais mentiroso do que este governo do PSD/CDS, chefiado por Passos Coelho. Pelo que diz, pelo que oculta, pelo que manipula. Pelas “malabarices” que faz. Na economia, no emprego, na educação, na saúde e na política em geral. E tudo isto em prol da brutal transferência de riqueza que este governo tem levado a cabo do campo dos trabalhadores para o campo do patronato.

Algumas das mentiras mais escandalosas do actual poder:

Desemprego

O governo de Passos Coelho, altamente responsável pelo lançamento de centenas de milhares de trabalhadores no desemprego, não tem descansado, particularmente nos últimos tempos, na tarefa de o camuflar, de o “diminuir”, através da promoção de falsos empregos: lançamento de estágios (mais de 60 mil em Janeiro deste ano), incentivo ao trabalho precário (os trabalhadores precários, contratados a prazo, e os trabalhadores por conta própria, sem empregados, já constituem hoje 30% dos cerca de 4 milhões e 900 mil trabalhadores), até ao aconselhamento à emigração (apenas nos últimos 4 anos já emigraram cerca de 300 mil), tentando aparentar um aumento de emprego, numa “economia em recuperação”, num “país melhor”.

Confiança na banca

Durante o chamado período de ajustamento, com a Troika cá dentro, tanto Passos Coelho, como Cavaco Silva ou Carlos Costa garantiam à opinião pública que o sistema financeiro português estava sólido, nomeadamente transmitindo confiança quanto a investimentos e depósitos no BES. Disse Passos Coelho, em 11 de Julho de 2014: “Os depositantes do BES têm razões para confiar no Banco e os portugueses têm razões para ter toda a confiança em relação às suas poupanças. Uma coisa são os negócios da família Espírito Santo e outra coisa é o Banco”.
Também, em fins de Julho de 2014, interrogado pelos jornalistas sobre se a situação do Grupo Espírito Santo podia ter consequências na economia portuguesa, Cavaco Silva dizia que o “Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no BES”. E justificava que os portugueses podiam confiar no BES “dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa”.

Poupanças

Quando o governo propagandeia hoje aos quatro ventos (deixando implícita a crítica a “negócios” de governos burgueses anteriores) que nas renegociações das parcerias público-privadas, nomeadamente em infraestruturas rodoviárias, cortou milhões e milhões de euros, esquece-se convenientemente de esclarecer que parte significativa dessas “poupanças” se deve à diminuição das obrigações dos parceiros privados, que acabarão por implicar futuros investimentos públicos (nomeadamente na conservação de estradas).

Prosperidade

Depois dos cortes, ditos extraordinários e apenas por 3 anos, de salários e pensões, do agravamento do IRS e do IRC, e apesar da “saída” da maldita Troika imperialista, o governo de Passos Coelho veio agora, com o Plano de Estabilidade (PE), falar novamente e com a maior das naturalidades na continuação destas “medidas de austeridade” por mais uns anos, se o governo do PSD/CDS ainda lá conseguir permanecer. E, ao mesmo tempo, prometeu para a próxima legislatura, caso o PSD se mantenha no poder, um ciclo de prosperidade como Portugal “não teve em muitos anos”. Esta prosperidade que Passos vê no horizonte assemelha-se bastante às visões sobre armas de destruição maciça que o seu correligionário Durão Barroso teve a respeito do Iraque.


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