Em nota de imprensa (aceda à nota na íntegra), do passado dia 4 de junho, da Plataforma Salvar o Tua informava que entregou os relatórios na semana passada.
Segundo a plataforma, a EDP não cumpre as exigências sobre o impacte na paisagem e aponta que a barragem ocupará “um campo visual cinco vezes superior”.
A plataforma denuncia também que o “'plano de mobilidade' não cumpre as condicionantes estabelecidas”, não satisfazendo a mobilidade local e eliminando a reposição da ligação ferroviária Tua‐Bragança. Os ambientalistas referem também que para o plano “não há uma equação financeira viável”, que ele “não faz sentido para fins turísticos”, que “não tem financiamento garantido”, que “não foi estudada ferrovia alternativa” e que as “soluções transitórias não cumprem nem vão cumprir o nível de serviço”.
As associações ambientalistas denunciam também a falta de cumprimento em relação à linha de alta tensão, apontando que “não foi apresentado o estudo de linha não aérea”, que “das quatro alternativas estudadas pela EDP (...) três cruzam o núcleo do Alto Douro Vinhateiro, e a outra afeta seriamente áreas de elevada sensibilidade para a avifauna (...)” e que “todas as soluções estão dentro da zona de proteção do ADV”.
Em relação aos museus, a plataforma acusa: “Não há financiamento garantido para os museus nem estratégia cultural visível”.
Em conclusão, a plataforma Salvar o Tua declara: “Se a ausência de interesse público e os brutais impactes da barragem não bastassem, este conjunto de infrações é motivo suficiente para o Estado denunciar a concessão de Foz Tua e acabar com este projeto sem sentido, sem custos para o erário público”.