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passoscoelhoPortugal - Luta Popular - Passos Coelho, na qualidade de chefe do governo de traição nacional PSD/CDS, dirigiu recentemente ao país uma palestra natalícia - vai em itálico, para não cometermos o desprimor para com os cristãos de associar à sua liturgia do Natal uma tal provocação aos pobres.


Mais do que as expectáveis patranhas pré-eleitorais, esta declaração encerra acima de tudo a tentativa de dar por institucionalizadas e irreversíveis as medidas terroristas tomadas por um governo que, assumindo-se como lacaio e pau-mandado da Tróica, nunca gozou de qualquer legitimidade democrática.

Estamos a falar do novo código do trabalho que passou a consagrar a liberalização e embaratecimento dos despedimentos sem justa causa, de uma chamada reforma do IRS que instituiu o genocídio fiscal para quem trabalha e da reforma do IRC que alivia generosa e provocatoriamente a tributação sobre os lucros e rendimentos do capital, dos cortes dos salários, das pensões e das prestações sociais, do roubo dos complementos de reforma para milhares de trabalhadores do Metropolitano, da insuportável redução de acesso aos serviços públicos da saúde, justiça e ensino, etc.

Coelho e o seu governo não deixaram nem nunca deixarão de ser um grupo de patifes e de traidores, independentemente daquilo a que chamam recuperação – eles entregaram a nossa economia e os nossos recursos e activos estratégicos aos grandes grupos financeiros estrangeiros e, por outro lado, roubaram da forma mais descarada os salários e o trabalho de milhões de trabalhadores portugueses durante três anos, e não só nunca devolverão o produto desse roubo como persistirão nesse saque se não forem varridos. E tudo, exclusivamente para, com o resultado dessa venda e desse roubo, pagarem uma dívida impagável e os juros dessa dívida ao grande capital financeiro internacional.

Para 2015, Coelho – mesmo apesar das cautelas do seu chefe de Boliqueime e dos seus insaciáveis patrões de Bruxelas – veio provocatoriamente anunciar uma assinalável recuperação do poder de compra, uma imparável fase de crescimento, um aumento incessante do emprego e recuperação dos rendimentos das famílias (aludindo aqui seguramente às famílias Espírito Santo, Dias Loureiro, Oliveira e Costa...).

Para este traidor-mor, a única coisa que não teria corrido tão bem foi apenas o pequeno percalço ou, nas palavras do trapaceiro, a adversidade já ultrapassada, que constituiu o colapso do BES e do GES, da família dos seus ( e de Cavaco) amigos Espírito Santo, e cujas consequências representarão uma módica e ainda não definitivamente apurada verba superior a 20 mil milhões de euros, cuja existência e efeitos Passos escamoteia, mas que recairá inexoravelmente sobre os contribuintes.

A respeito das miraculosas virtualidades do orçamento governamental para 2015 e as pseudo-reformas que conduzirão à dissipação definitiva das nuvens negras, importa lembrar como Coelho reagia às conciliatórias propostas de alteração daquele orçamento por parte do PS de Costa: todas as alterações são bem-vindas, desde que não reduzam as receitas nem aumentem as despesas. E, acima de tudo, não ponham em causa, os nossos compromissos internacionais, com a Tróica e o pagamento da galopante e impagável dívida pública.

O que Coelho mais uma vez deliberadamente escondeu é que, paralelamente ao facto de 2/3 dos desempregados - que não deixaram de crescer – não receberem subsídio de desemprego, os contribuintes portugueses, desde 2012 até Novembro de 2014, já foram obrigados a pagar à Tróica 4,94 mil milhões de euros só em juros, sem ainda se ter começado a pagar um cêntimo dos 78 mil milhões de euros do empréstimo.

Acresce que o chefe do governo de traidores também se esqueceu de referir a recuperação da dívida directa do Estado que, em Novembro deste ano, ultrapassava já os 210 mil milhões de euros e que, só em juros, os trabalhadores portugueses serão obrigados a pagar este ano perto de 9 mil milhões de euros.

Mas também não lhe ocorreu mencionar que, para pagar esses juros e essa dívida, o saque fiscal registou, até Setembro deste ano, um aumento de 2021 mil milhões de euros, tendo assim os impostos atingido 12% do rendimento disponível, o que representa o valor mais elevado desde que o INE iniciou este registo (1999).

Em suma, nada devolvendo do roubo que tem vindo a fazer a quem trabalha e sem nunca deixar de garantir aos seus patrões que não hesitará em recorrer a mais medidas de austeridade para assegurar o pagamento da dívida e o défice orçamental que serve os interesses do imperialismo germânico, o governo de traição nacional Coelho/Portas tenta desesperadamente refinar a sua contra-propaganda, contando com o apoio cada vez mais declarado do ignorante e lacaio de Boliqueime e de uma plêiade de escribas de serviço da imprensa vendida.

Mas se Coelho se livrou – ou, melhor, livraram-no – das vigarices da Tecnoforma, se Portas julga ter-se safado – ou melhor, o safaram - da corrupção no caso dos submarinos, já o governo destes traidores não escapará das nuvens negras que em breve se transformarão numa tempestade ciclónica que o varrerá do poder.


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