1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (2 Votos)

memc3b3riaPortugal - Portal Anarquista - Conversa sobre a memória e os dias antes  e depois do 25 de Abril de 1974. As prisões, os sonhos, as lutas. A memória que temos. A memória que permanece. A memória que vale a pena. Esta sexta-feira, às 22H, no Armazém 8, em Évora.


Agora que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril de 1974 os testemunhos daqueles que efectivamente lutaram e sofreram são cada vez mais importantes. Em geral, as histórias que se ouvem são as dos grandes “líderes” e não a dos militantes comuns.

Aurora Rodrigues, hoje magistrada em Évora, alentejana da Mina de São Domingos, mas indo viver muito cedo para Castro Verde, filha de um trabalhador próximo das ideias anarcosindicalistas (que eram predominantes em São Domingos), assistiu à morte de Ribeiro Santos em Lisboa, de que era amiga, e tornou-se militante do MRPP. Foi presa e barbaramente torturada durante 16 dias e 16 noites consecutivas. Após o 25 de Abril voltou a ser presa pelo COPCON, depois do MRPP ter sido impedido de concorrer às eleições. Diz que ainda hoje não sabe quem a mandou prender por os mandatos de captura estarem em branco.

Camilo Mortágua protagonizou alguns dos momentos mais mediáticos da luta contra o fascismo no início dos anos 60. Participou, conjuntamente com vários anarquistas espanhóis, no assalto ao paquete “Santa Maria” e desviou com Palma Inácio um avião da TAP, tendo sobrevoado Lisboa e outras cidades distribuindo propaganda antifascista. Militante da LUAR, esteve ligado após o 25 de Abril ao movimento cooperativo agrícola, através da ocupação de terras, nomeadamente à “Torrebela”.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora