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Wladmir Coelho

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Petróleo e Política

Crise petrolífera ou crise do modelo econômico?

Wladmir Coelho - Publicado: Terça, 16 Dezembro 2014 19:19

1 - O declínio no preço do petróleo aprofundou a crise financeira e muitos analistas apontam o fato como rompimento de mais uma bolha. Será?


Enquanto isso, no Brasil, a Petrobras é atacada por todos os lados, mas poucos ousam apontar a origem das dificuldades da empresa situada na incompreensão de sua função: A Petrobras foi criada para garantir a auto suficiência nacional e ponto.

A transformação da empresa em "concorrente" das chamadas "BIG OIL" não passa de uma estratégia, iniciada durante a ditadura militar, para a sua destruição. Enquanto durar o discurso mercadológico relativo a crise da Petrobras não será possível a sua superação.

A estatização da Petrobras torna-se, neste momento, a única forma de salva-la garantindo a segurança energética nacional base para o planejamento econômico e conseqüente ampliação das políticas sociais.

2 – As empresas petrolíferas diante das dificuldades originadas com a queda no preço do petróleo tratam de garantir os seus lucros. A British Petroleum (BP) recebeu do governo do Reino Unido elevados subsídios e pede mais, todavia brinda os trabalhadores com demissões em plena época natalina.

Superar eventuais prejuízos com dinheiro do povo tornou-se a prática dos grandes grupos econômicos. A BP desde sua fundação, no inicio do século passado, paga os seus acionistas graças aos recursos retirados dos cofres públicos e mesmo assim alimenta o mito da competência do setor privado.

A explosão que matou e poluiu no Golfo do México, uma das tragédias na qual a BP encontra-se envolvida, resultou de uma política de redução dos custos com aplicação de materiais de baixa qualidade. Os manuais do lucro classificam este tipo de aventura como eficiência.
Ao Estado, segundo estes manuais, restaria a ineficiência cuja tradução seria a aplicação de políticas sociais.

Voltamos à Petrobras: Chegou o momento da desapropriação das ações de propriedade dos grupos de investimentos para garantir ao povo brasileiro o efetivo controle do bem econômico Petróleo.

3 – Abaixo algumas notas a respeito da crise:

Demissões na British Petroleum

A petrolífera comunicou que pretende demitir centenas de trabalhadores na Inglaterra como forma de compensar alegados prejuízos no Golfo do México (decorrentes da explosão em 2010) e queda no preço do petróleo. 

Shell, Statoil, Chevron também efetivaram demissões.

Austrália: desvalorização das empresas petrolíferas

A dependência de receitas originadas nas commodities revelam a sua fragilidade e colocam em alerta diferentes governos. Como sabemos a Austrália rivaliza com o Brasil o controle do mercado de minério de ferro.

As empresas australianas, segundo diferentes jornais, apresentaram na última semana desvalorização de suas ações em conseqüência da queda no preço do petróleo e minério de ferro.

A petrolífera Santos, por exemplo, terminou na semana passada com queda de 17%, a Oil Search entre a baixa de 8,5 e alta terminou a semana em queda de 3,5%, a Fortesque Metals Group perdeu 10.9%.

Canadá: cortes nos gastos sociais

O governo da província de Alberta anunciou a possibilidade de cortes orçamentários em função da queda do preço do petróleo. O comunicado oficial prevê cortes no valor de US$ 7 bilhões no orçamento.


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